27 de julho de 2008

Virgílio

Virgílio Marques Mendes nasceu no dia 17 de Novembro de 1927 no Entroncamento.
Começou por jogar futebol no Grupo Desportivo dos Ferroviários do Entroncamento. Ao futebol juntava o trabalho nas oficinas da CP.
Certo dia partiu em direcção a Lisboa para efectuar testes de futebol no S.L. Benfica. Esteve por lá durante três semanas mas não conseguiu convencer os responsáveis do clube lisboeta e assim regressou ao Entroncamento e ao trabalho de serralheiro na CP.
Um dia recebeu a visita de um tal Soares dos Reis, (antigo guarda-redes do Futebol Clube do Porto), que o queria levar para a cidade Invicta. Virgílio aceitou o convite e foi treinar no Campo da Constituição sob o olhar atento de Szabo. Já não voltou ao Entroncamento e muito menos às oficinas da CP.
A sua estreia com a camisola do F.C. Porto aconteceu no dia 30 de Novembro de 1947 no Campo Mascarenhas onde os Dragões, como equipa visitante, venceram o Boavista F.C. por 3-0, num jogo a contar para a 2ª jornada do Campeonato Nacional da época de 1947/48.
Em 1951 o R.C. Celta de Vigo ofereceu-lhe 500 mil pesetas e um ordenado mensal de 15 mil pesetas, recusou a oferta e continuou a vestir a camisola do F.C. Porto. Disse depois que trocar de clube por causa de dinheiro era viver como um mercenário.
Na época de 1955/56, sob o comando do treinador brasileiro Yustrich, Virgílio sagrou-se Campeão Nacional depois de os portistas estarem sem perder 24 dos 26 jogos do campeonato. Também ajudou o F.C. Porto a conquistar a primeira Taça de Portugal da história do clube ao vencer na final o S.C. União Torreense por 2-0.
Na época de 1956/57, Virgílio foi um dos jogadores titulares na equipa portista que se estreou nas competições europeias ao defrontar o Athletic Club Bilbao na 1ª eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus.
Em 1957/58, voltou a levantar a Taça de Portugal depois da vitória sobre o S.L. Benfica na final por 1-0.
Na temporada seguinte, 1958/59 e já com Bella Gutman como treinador, Virgílio volta a conquistar o Campeonato Nacional.
Venceu ainda a Taça Associação de Futebol do Porto por sete vezes.
Ao serviço dos Dragões disputou 436 jogos oficiais, apontou 9 golos e conquistou 11 Títulos.
Foi Internacional por 39 vezes. No jogo de estreia com a camisola da Selecção de Portugal contra a Itália e apesar da derrota por 4-1, Virgílio foi o melhor jogador português em campo e anulou o famoso jogador Carapelese. Desde esse dia que Virgílio ficou conhecido como o “Leão de Génova”, cidade onde se tinha realizado o jogo.
Faleceu no dia 24 de Abril de 2009. Encontra-se sepultado no cemitério nº1 da Póvoa de Varzim.

Palmarés
2 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
2 Taças de Portugal
7 Taças Associação de Futebol do Porto

20 de julho de 2008

Rui Barros

Rui Gil Soares de Barros nasceu no dia 24 de Novembro de 1965 em Lordelo.
Começou a jogar no Aliados Futebol Clube de Lordelo aos 12 anos, depois ainda passou pelo Rebordosa A.C. e pelo Paços de Ferreira F.C. já como júnior.
Foi então contratado pelo Futebol Clube do Porto onde foi Campeão Nacional de juniores.
Na época de 1984/85 passou a sénior mas foi emprestado ao S.C. Covilhã. Nas temporadas de 1985/86 e 1986/87 esteve de novo emprestado mas desta vez ao Varzim S.C. onde foi Campeão da Zona Norte da 2ª Divisão.
Em 1987/88 fez parte do plantel do F.C. Porto pela primeira vez onde se juntou a muitos jogadores que na época anterior tinham vencido a Taça dos Clubes Campeões Europeus. A sua estreia como sénior com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 26 de Agosto de 1987 no Estádio das Antas onde os portistas receberam e venceram o c.F. Belenenses por 7-1, numa partida a contar para a 1ª jornada do Campeonato Nacional de 1987/88.
Neste seu ano de estreia, Rui Barros sagrou-se Campeão Nacional e ajudou o F.C. Porto a vencer a Taça de Portugal ao derrotar no estádio do Jamor o V. Guimarães por 1-0. Antes, em Dezembro, já tinha estado em Tóquio para disputar a Taça Intercontinental que os portistas ganharam ao vencerem o C.A. Peñarol do Uruguai por 2-1. Mas o momento alto da sua ainda curta carreira no F.C. Porto aconteceu na 1ª mão da Supertaça Europeia quando a equipa comandada por Tomislav Ivic foi a Amesterdão vencer o Ajax F.C. por 1-0 com o golo da autoria de Rui Barros. Na 2ª mão disputada no estádio das Antas, nova vitória dos Dragões por 1-0.
No final do seu primeiro ano com a camisola azul e branca, Rui Barros despertou o interesse da Juventus F.C. que o levou para Itália. No clube de Turim ficou durante duas temporadas e venceu a Taça UEFA e a Taça de Itália. No verão de 1990 mudou-se para o A.S. Mónaco de Arsène Wenger onde conquistou a Taça de França e foi finalista da Taça dos Vencedores das Taças em 1992 que acabaria por perder frente ao Werder Bremen.
Na época de 1993/94 transferiu-se para o Olympique Marselha onde teve Paulo Futre como companheiro de equipa.
Em 1994/95 regressou ao Futebol Clube do Porto.
Nas 6 temporadas seguintes sagrou-se Penta-Campeão, venceu 2 Taças de Portugal e 5 Supertaças Cândido de Oliveira.
Na época de 1999/2000 colocou um ponto final na sua carreira de futebolista.
Ao serviço do F.C. Porto, Rui Barros jogou durante 7 temporadas. Conquistou 17 Títulos, disputou 244 partidas oficiais e marcou 56 golos.
Rui Barros foi internacional por 36 vezes e marcou 4 golos com a camisola das Quinas.
Em 2006/07 passou a integrar a equipa técnica do F.C. Porto, ano em que treinou temporariamente os portistas no jogo da Supertaça Cândido de oliveira que os Dragões venceram o V. Setúbal por 3-0, tornando-se no primeiro técnico portista a vencer a prova como treinador e jogador. Continuou a fazer parte das várias equipas técnicas que passaram pelos Dragões e em Janeiro de 2016 foi de novo chamado a comandar a equipa principal em cinco partidas. Na temporada de 2018/19 assumiu o comando técnico da equipa B do F.C. Porto, cargo que ocupou até Fevereiro de 2021.

Palmarés como jogador
1 Taça Intercontinental
1 Supertaça Europeia
1 Taça UEFA
6 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
3 Taças de Portugal
5 Supertaças Cândido de Oliveira
1 Taça de Itália
1 Taça de França

Palmarés como treinador
1 Supertaça Cândido de Oliveira