27 de dezembro de 2009

José Monteiro da Costa

José Monteiro da Costa nasceu em 1882 na cidade do Porto.
Em 1906 regressou de Inglaterra fascinado pelo mesmo desporto que encantara António Nicolau de Almeida há mais de uma década e resolveu criar uma equipa de futebol. Foi então que o seu amigo e anterior presidente lhe falou do projecto que iniciara em 1893, e José Monteiro da Costa não hesitou.
Membro de uma associação denominada Grupo do Destino, sugeriu aos seus colegas que embarcassem com ele na aventura, ao que a maioria acedeu. Terminava o Grupo do Destino e renascia o Futebol Clube do Porto, em Agosto de 1906, assumindo desde logo uma faceta de clube ecléctico, no qual se praticavam também atletismo, boxe, cricket, halterofilismo, pólo aquático e natação.
As cores escolhidas para o clube foram o azul e branco, as mesmas cores da então bandeira nacional e não as cores da bandeira da cidade porque e segundo José Monteiro da Costa: "O Futebol Clube do Porto não se limitaria a defender apenas o nome da cidade e haveria de levar o nome de Portugal em lutas desportivas contra outros clubes estrangeiros".
Foi durante a sua presidencial que o F.C. Porto obteve a primeira vitória contra um clube estrangeiro quando no dia 3 de Abril de 1910 derrotou os espanhóis do Real Fortuna de Vigo por 2-1, o que foi ao mesmo tempo a primeira vitória de uma equipa portuguesa contra outra equipa internacional.
José Monteiro da Costa faleceu no dia 30 de Janeiro de 1911.

20 de dezembro de 2009

Jorge Andrade

Jorge Manuel Almeida Gomes de Andrade nasceu no dia 9 de Abril de 1978 em Lisboa.
Com apenas 9 anos entrou para as escolas do C.F. Estrela da Amadora, percorreu todos os escalões de formação do clube tricolor e na temporada de 1997/98 deu o salto para o plantel sénior. Durante as três épocas em que vestiu a camisola da equipa principal dos estrelistas foi ganhando notoriedade e começou a despertar a cobiça dos grandes clubes nacionais.
No início da época de 2000/01 foi contratado pelo Futebol Clube do Porto.
A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 30 de Outubro de 2000 no Estádio das Antas onde os portistas receberam e venceram o F.C. Alverca por 6-0, num jogo a contar para a 9ª jornada do Campeonato Nacional de 2000/01.
Logo na primeira temporada de Dragão ao peito, Jorge Andrade conquistou a Taça de Portugal com uma vitória sobre o C.S. Marítimo na final do Jamor por 2-0.
A época seguinte começou com a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira e Jorge Andrade esteve directamente ligado à vitória já que foi ele o autor do único golo da partida com que o F.C. Porto derrotou o Boavista F.C..
Ao serviço do F.C. Porto, Jorge Andrade esteve durante 2 temporadas, tendo disputado 84 jogos oficiais, marcou 4 golos e conquistou 2 Títulos.
No verão de 2002 foi transferido para o R.C. Deportiva Coruña, No clube galego esteve durante cinco temporadas onde venceu uma Supertaça de Espanha em 2001/02. Em 2006 sofreu uma grave lesão no joelho esquerdo que o afastou dos relvados durante grande parte da época. Na temporada de 2007/08 rumou a Itália para representar a Juventus F.C. mas em Setembro de 2007 sofreu nova lesão grave no mesmo joelho esquerdo que o obrigou a uma paragem prolongada. Em Abril de 2009 o clube italiano anunciou, por mutuo acordo, a rescisão do contrato com o jogador. Em Julho de 2009 esteve a treinar à experiência no Málaga C.F. mas acabou por não convencer os responsáveis do clube espanhol que agradeceram o profissionalismo, esforço e a dedicação do jogador português e Jorge Andrade decidiu terminar a sua carreira de futebolista.
Jorge Andrade representou a Selecção Nacional por 51 vezes e marcou 3 golos. Esteve presente no Campeonato do Mundo de 2002 e no Campeonato da Europa de 2004.
Em 2014 abraçou a carreira de treinador, começou nos sub-15 do C.F. Belenenses, passou depois como adjunto pelo Atlético C.P. e em 2015/16 foi o treinador principal do Clube Oriental de Lisboa, na temporada de 2017/18 passou a treinador dos juniores do C.A.C. Pontinha.
No dia 25 de Julho de 2014 voltou a pisar o relvado do Estádio do Dragão e a vestir a camisola do Futebol Clube do Porto para o jogo de homenagem e despedida de Deco.

Palmarés
1 Taça de Portugal
1 Supertaça Cândido de Oliveira
1 Supertaça de Espanha

13 de dezembro de 2009

Simplício

Augusto Baptista Ferreira, mais conhecido por Simplício, foi um jogador do Futebol Clube do Porto que jogou na década de vinte.
Ingressou nos Dragões em 1923/24 e vestiu a camisola azul e branca até à época de 1929/30. Nessas sete temporadas, Simplício venceu o Campeonato do Porto em todas elas. Disputou 26 partidas oficiais e marcou 23 golos.
A sua estreia com a camisola do F.C. Porto aconteceu no dia 18 de Maio de 1924 no Campo da Constituição, quando os portistas receberam e venceram a Académica de Coimbra por 3-2, numa partida a contar para a 1ª eliminatória do Campeonato de Portugal da época de 1923/24. Uma estreia coroada com o golo da vitória que Simplício apontou aos noventa minutos.
Simplício ficou também conhecido e mesmo na história do F.C. Porto por ter desenhado o emblema como o conhecemos nos dias de hoje.
O emblema original do F.C. Porto era uma bola de futebol antiga de cor azul, com as inicias F.C.P. em banco.
Na Assembleia Geral realizada no dia 26 de Outubro de 1922, foi decidido alterar o emblema e a bandeira. O símbolo do clube passou a ter as armas que D. Maria II atribuiu ao Porto por Carta Régia em Janeiro de 1837. Estas são compostas por um escudo esquartejado que possui as armas reais (sete castelos e cinco quinas, tendo cada uma cinco besantes no interior) no primeiro e quarto quartéis e as antigas armas da cidade do Porto (a Virgem segurando o Menino, ladeados por duas torres) no segundo e terceiro quartéis, tendo no centro, sobre o ponto onde se unem os quatro quartéis, um coração, que representa o precioso legado que D. Pedro IV (pai de D. Maria II) deixou à cidade - segundo a sua vontade, o seu coração encontra-se guardado numa urna de prata na Igreja da Lapa. A orlar o escudo encontra-se o Colar e Grã-Cruz da Antiga e Muito Nobre Ordem da Torre e Espada de Valor Lealdade e Mérito, do qual pende a respectiva medalha (na qual estão escritas essas mesmas palavras: valor, lealdade e mérito). Sobre o escudo está a Coroa Ducal e o Dragão negro do poder, pertencente às antigas armas dos Senhores Reis destes Reinos, em cujo pescoço está uma fita com a palavra Invicta, título que D. Maria II atribuiu ao Porto, acrescentando-o aos que a cidade já possuía - Antiga, Mui Nobre e Sempre Leal.

Palmarés
7 Campeonatos do Porto

6 de dezembro de 2009

Fernando Santos

Fernando Manuel da Costa Santos nasceu no dia 10 de Outubro de 1954 em Lisboa.
Como futebolista passou pelos juniores do S.L. Benfica, para em 1971/72 ingressar no plantel da equipa principal do G.D. Estoril Praia, clube onde jogou durante toda a sua carreira de futebolista, tendo apenas uma passagem pelo S.C. Marítimo na época de 1979/80.
No final da temporada de 1986/87 colocou um ponto final na carreira de futebolista e deu inicio à de treinador em 1987/88 ao assumir o comando técnico do G.D. Estoril Praia. Fernando Santos manteve-se nos canarinhos durante sete temporadas, até se mudar para o C.F. Estrela da Amadora em 1994/95. Conseguiu a melhor classificação de sempre dos estrelistas ao terminar o campeonato no 7º lugar em 1997/98.
Em 1998/99 transferiu-se para o Futebol Clube do Porto. Começou logo por vencer a Supertaça Cândido de Oliveira com uma vitória sobre o S.C. Braga. No campeonato deu continuidade ao trabalho efectuado até então por Bobby Robson e depois por António Oliveira, e levou os portistas à conquista de mais um Campeonato Nacional, tornando-se Penta-Campeões, o que valeu a Fernando Santos a alcunha de “Engenheiro do Penta”.
A temporada seguinte começou com mais uma Supertaça Cândido de Oliveira conquistada, desta vez com uma dupla vitória sobre o S.C. Beira Mar. E terminou com o triunfo na Taça de Portugal sobre o Sporting C.P. na finalíssima por 2-0, depois do empate 1-1 no primeiro jogo.
Em 2000/01, Fernando Santos voltou a levar o F.C. Porto à vitória na Taça de Portugal depois de derrotar o S.C. Marítimo por 2-0, na última vez que orientou os Dragões.
Na temporada seguinte rumou à Grécia para comandar o A.E.K. de Atenas, tendo vencido a Taça da Grécia. Na temporada seguinte transferiu-se para o Panathinaikos A.O.. Em 2003/04 regressou a Portugal para orientar o Sporting C.P. mas sem grande sucesso. No final da temporada voltou à Grécia e ao A.E.K. onde se manteve durante duas temporadas. Na época de 2006/07 voltou a Portugal mas desta vez para comandar o S.L. Benfica onde voltou a não ser feliz, tendo sido dispensado após a segunda jornada do Campeonato Nacional. Voltou à Grécia ainda na temporada de 2007/08 para ser treinador do P.A.O.K. de Salónica. Em 2010 foi considerado o treinador da década na Grécia, e depois do Mundial da África do Sul passou a treinador da Selecção grega lugar que ocupou até ao final do Campeonato do Mundo de 2014. Em Setembro de 2014 assumiu o comando técnico da Selecção Nacional de Portugal. Levou a Selecção das Quinas à vitória do Campeonato da Europa de 2016 disputado em França e conquistou a Liga das Nações em 2019.
No dia 25 de Julho de 2014 voltou ao Estádio do Dragão e para comandar a equipa do Futebol Clube do Porto no jogo de homenagem e despedida de Deco.

Palmarés
1 Campeonato da Europa - Selecções (Portugal)
1 Liga das Nações - Selecçõe (Portugal)
1 Campeonato Nacional da 1ª Divisão (Portugal)
2 Taças de Portugal
1 Taça da Grécia
2 Supertaças Cândido de Oliveira

29 de novembro de 2009

Bosingwa

José Bosingwa da Silva nasceu no dia 24 de Agosto de 1982 em Mbandaka na Republica Democrática do Congo, (antigo Zaire).
Era ainda criança quando chegou a Portugal e foi viver para Seia. Começou a dar os primeiros passos na sua carreira de futebolista nas camadas jovens do A.D. Fornos de Algodres até que em 1997/98 foi jogar para os juniores do Boavista F.C.
Em 2000/01 Fez a sua estreia a sénior no S.C. Freamunde onde esteve uma época emprestado pelos axadrezados, para regressar ao Bessa na temporada seguinte onde permaneceu durante duas épocas. No início da época de 2003/04 foi contratado pelo Futebol Clube do Porto.
A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 17 de Agosto de 2003 no Estádio das Antas onde os portistas receberam e venceram o S.C. Braga por 2-0, num jogo a contar para a 1ª jornada do Campeonato Nacional de 2003/04.
Começou logo por conquistar a Supertaça Cândido de Oliveira e mais tarde sagrou-se Campeão Nacional, juntou ainda a vitória na Liga dos Campeões. Nada mau para a primeira temporada vestido de azul e branco.
Na temporada seguinte repetiu a vitória na Supertaça Cândido de Oliveira e no dia 12 de Dezembro de 2004 inscreveu o seu nome nos vencedores da Taça Intercontinental.
Em 2005/06 voltou a vencer o Campeonato Nacional e conquistou pela primeira vez a Taça de Portugal.
Na temporada seguinte venceu mais uma Supertaça Cândido de Oliveira e voltou a sagrar-se Campeão Nacional, título que voltou a repetir em 2007/08, o que foi a sua ultima época com a camisola dos Dragões.
Bosingwa representou o F.C. Porto durante 5 temporadas, conquistou 10 Títulos, disputou 152 jogos oficiais e marcou 3 golos.
Em 2008/09 transferiu-se para o Chelsea F.C. No clube da capital de Inglaterra jogou durante 4 épocas e conquistou 1 campeonato inglês (2009/10), 3 Taças de Inglaterra (2008/09, 2009/10 e 2011/12), 1 Supertaça de Inglaterra (2009) e a Liga dos Campeões em 2011/12. Na temporada de 2012/13 transferiu-se para o Queens Park Rangers F.C.. Em 2013/14 rumou à Turquia para jogar pelo Trabzonspor Kulübü, equipa que representou até ao final da temporada de 2015/16, e onde terminou a sua carreira de futebolista.
Bosingwa também vestiu a camisola da Selecção Nacional por 28 vezes. Esteve presente nos Jogos Olímpicos de Atenas de 2004 e no Campeonato da Europa de 2008.

Palmarés
1 Taça Intercontinental
2 Liga dos Campeões
4 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
1 Campeonato de Inglaterra
1 Taça de Portugal
3 Taça de Inglaterra
3 Supertaças Cândido de Oliveira
1 Supertaça de Inglaterra

22 de novembro de 2009

Geraldão

Geraldo Dutra Pereira, Mais conhecido por Geraldão, nasceu no dia 24 de Abril de 1963 em Governador Valadares no Estado de Minas Gerais, Brasil.
Começou a jogar futebol aos 12 anos no Sport Clube Rio Doce, um clube da sua terra natal. Com 16 anos transferiu-se para o Cruzeiro E.C. tendo vencido a Taça Minas Gerais. Em 1982 tentou a sorte no Qatar onde durante duas temporadas defendeu as cores do Al-Arabi S.C. e onde ganhou a Liga do Qatar em 1982/83. Regressou em 1984 ao Cruzeiro E.C. já com 21 anos, mas também com mais experiência. No clube de Belo Horizonte esteve quatro épocas, onde voltou a ganhar a Taça Minas Gerais, por duas vezes e também o Campeonato Mineiro em 1984 e 1987.
No inicio da temporada de 1987/88 Chegou ao Futebol Clube do Porto. a sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 30 de Agosto de 1987 no Estádio Municipal de Guimarães onde os portistas empataram 0-0 com os vimaranenses, num jogo a contar para a 2ª jornada do Campeonato Nacional de 1987/88.
Geraldão depressa se tornou títular. Conquistou o Campeonato Nacional, a Taça de Portugal, a Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental logo na primeira temporada de Dragão ao peito.
Em 1989/90 voltou a sagrar-se Campeão Nacional.
Na época seguinte conquistou a sua segunda Taça de Portugal e de novo a Supertaça Cândido de Oliveira.
Em 1991/92 transferiu-se para o Paris S.G. e na temporada seguinte mudou-se para o Clube América do México, para em 1993 regressar ao Brasil. Primeiro representou o Grémio de Porto Alegre, onde conquistou o Campeonato Gaúcho e depois o Associação Portuguesa dos Desportos.
Ainda nesse ano de 1993 terminou a sua carreira, por um lado devido a uma lesão antiga que se vinha a agravar, por outro era já vontade do jogador arrumar as botas por volta dos seus 30 anos.
Foi internacional pela Selecção do Brasil por 9 vezes. Esteve presente nos Jogos Pan-Americanos, competição que a Selecção brasileira venceu e marcou ainda presença na Copa América de 1987 onde realizou duas partidas.
Depois de abandonar a carreira de futebolista Geraldão abraçou a carreira de treinador. Passou pelo Ipatinga F.C. regressou ao F.C. Porto para fazer parte da equipa técnica da equipa b e voltou depois ao Brasil para orientar o Clube de Regatas Brasil de Alagoas.

Palmarés
1 Taça Intercontinental
1 Supertaça Europeia
1 Jogos Pan-Americanos
2 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
2 Taças de Portugal
1 Supertaça Cândido de Oliveira
2 Campeonatos Mineiros
1 Campeonato Gaúcho
3 Taças Minas Gerais

16 de novembro de 2009

Estádio do Dragão


A casa do Futebol Clube do Porto foi classificada como sendo de Grau A, a mais alta distinção de qualidade atribuída pela UEFA, o que quer dizer que pode ser palco de qualquer evento futebolístico nacional e internacional.
Foi também o primeiro estádio da Europa a conseguir a certificação «GreenLight», conferida pelo Comissão Europeia (através da ADENE – Agencia para a Energia), premiando o esforço realizado em termos de utilização racional energética e na qualidade de iluminação.
O momento alto aconteceu com a festa de inauguração no dia 16 de Novembro de 2003, passando à cerimonia de abertura do Euro 2004, sem falar nos jogos do F.C. do Porto em todas as competições, e não esquecendo festas de comemoração de títulos, onde já jorrou o champanhe do «Tetra» ou da recepção aos campeões europeus e mundiais em 2004 com a chegada de Gelsenkirchen e de Yokohama respectivamente.
É também aqui que se realiza a Milha do Dragão e foi desvendado o bólide que vestiu de azul e branco na Superleague Formula de 2008 a 2010, sem esquecer a velocidade da Race of Champions de 2009. O líder portista divulgou o livro «Largos Dias têm 100 Anos». As 24 Horas TMN e os Rolling Stones, Deep Purple, Coldplay e Muse deram música de classe e várias empresas de topo e multinacionais escolheram o Dragão para os seus eventos. Stockmarket, World Cyber Games, S. João, bênção das pastas, festas infantis, anúncios televisivos e visitas guiadas fazem com que a «Cidade das Antas», como foi baptizada pelo Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, tenha vindo revitalizar a zona oriental da cidade.

8 de novembro de 2009

Nóbrega

Francisco Lage Pereira Nóbrega nasceu no dia 14 de Abril de 1942 em Vila Real.
Jogou nas camadas jovens do Futebol Clube do Porto e quando foi promovido a sénior, na temporada de 1961/62, foi emprestado ao F.C. Tirsense, para regressar em definitivo aos Dragões na temporada seguinte.
A sua estreia a títular na equipa portista aconteceu no dia 26 de Setembro de 1962 no Estádio do Bonfim onde os portistas foram derrotados pelo V. Setubal por 2-0 no jogo da 1ª mão da 1ª eliminatória da Taça de Portugal de 1962/63, no jogo da 2ª mão, disputado no Estádio das Antas, o F.C. Porto venceu por 3-1 deixando os sadinos pelo caminho.
A primeira temporada foi bastante promissora já que Nóbrega, com apenas 21 anos, acabou o campeonato com 10 golos apontados e com a conquista da Taça Associação de Futebol do Porto.
A sua segunda temporada com a camisola do F.C. Porto já foi a época em que se afirmou como um dos títulares indiscutíveis, tendo voltado a vencer a Taça Associação de Futebol do Porto.
Em 1964/65 e 1965/66 repetiu a vitória na Taça Associação de Futebol do Porto.
No dia 16 de Setembro de 1964 foi um dos titulares da formação portista que venceu o Olimpique Lyonnais por 3-0 no Estádio das antas, um jogo a contar para a 1ª mão da 1ª eliminatória da Taça dos Vencedores das Taças e que marcou a primeira vitória dos portistas nas competições europeias.
Na temporada de 1967/68 viveu o ponto alto da sua carreira ao conquistar a Taça de Portugal. Os portistas foram à Final do Jamor vencer o Vitória de Setúbal por 2-1, com Nóbrega a ser o autor de um dos golos.
Nóbrega esteve tmbém presente em momentos importantes para o clube azul e branco. Em Janeiro de 1970 fez parte da comitiva que se deslocou ao Brasil a convite do São Paulo F.C. para a festa de inauguração do Estádio Cícero Pompeu de Toledo. No dia 31 de Janeiro de 1971 foi um dos títulares da equipa que derrotou o S.L. Benfica por 4-0, no celebre jogo em que Lemos marcou todos os golos.
No final da temporada de 1973/74 deixou o F.C. Porto. De Dragão ao peito, Nóbrega disputou 277 partidas oficiais e marcou 44 golos, nas 12 épocas em que representou o F.C. Porto.
Na época de 1974/75 ingressou no clube da sua terra, o S.C. Vila Real. Em 1975/76 ajudou os vila-realenses a subirem para a II Divisão. Na temporada seguinte passou a ser treinado pelo seu amigo e ex-colega do F.C. Porto, Custódio Pinto. Só que num jogo em Chaves, um desentendimento entre o treinador e o presidente, Taveira da Mota, ditou o afastamente de Custódio Pinto do comando técnico da equipa de Vila Real. Nóbrega em solidariedade com o seu amigo abandonou também o clube e regressou à cidade do Porto.
Em 1964 foi pela primeira vez chamado a representar a Selecção Nacional num jogo contra a Espanha, em que Portugal venceu por 2-1. Viria ainda a vestir a camisola das quinas por mais 3 ocasiões, tendo-se despedido no dia 12 de Novembro de 1967 numa partida contra a Noruega, com o resultado a ser favorável a Portugal por 2-1.
Passou mais tarde a treinador tendo orientado o C.D. Feirense, entre outros clubes de divisões secundárias.
Faleceu no dia 28 de Abril de 2012, no Porto, quando contava com 70 anos.

Palmarés
1 Taça de Portugal
4 Taças Associação de Futebol do Porto

Agradecimento especial ao Armando Pinto pela ajuda neste post

1 de novembro de 2009

Doriva

Dorival Guidoni Junior, mais conhecido como Doriva, nasceu no dia 28 de Maio de 1972 em Nhandeara do Estado de São Paulo, Brasil.
Começou a carreira profissional no São Paulo F.C. no ano de 1991, esteve depois emprestado ao A.A. Anapolina e mais tarde ao Goiânia E.C., regressou em 1993 ao São Paulo F.C. onde viveu os primeiros momentos de glória ao estar nas conquistas da Recopa Sul-Américana, Supertaça Libertadores e Taça Intercontinental.
No ano de 1995 mudou-se para o modesto E.C. XV Novembro de Piracicaba da 3ª divisão brasileira. Ainda nesse ano Doriva transferiu-se para o C.A. Atlético Mineiro e voltou às vitórias com a conquista da Taça Conmebol em 1997.
No início da temporada de 1997/98 transferiu-se para o Futebol Clube do Porto.
No plantel orientado por António Oliveira ganhou a titularidade e passou a ser um dos pilares da equipa portista que venceu o Campeonato Nacional e conquistou a Taça de Portugal ao derrotar na final o S.C. Braga por 3-1.
Na temporada seguinte repetiu a conquista do Campeonato Nacional ao que juntou a vitória na Supertaça Cândido de Oliveira, depois de levar de vencido o S.C. Braga por 1-0, no jogo da 1ª mão disputado no Estádio das Antas e um empate 1-1 na cidade dos arcebispos.
Exímio na marcação de livres directos e dono de um forte pontapé, Doriva deixou a sua marca. Em Agosto de 1998 os Dragões receberam e venceram o Sporting C.P. por 3-2, Doriva foi o autor dos três golos com três remates espantosos que despacharam os leões.
No final da época de 1998/99 deixou o F.C. Porto. Ao serviço dos Dragões, Doriva conquistou 4 Títulos, disputou 40 partidas oficiais e marcou 6 golos.
Em 1999/2000 transferiu-se para o U.C. Sampdoria onde permaneceu duas épocas. Depois rumou a Espanha para vestir a camisola do R.C. Celta de Vigo durante duas temporadas. Em 2002/03 viajou para Inglaterra onde ingressou no Middlesbrough F.C., jogou no Boro durante quatro temporadas e conquistou a Taça da Liga em 2004. Na época de 2006/07 esteve dois meses ao serviço do Blackpool F.C. até que regressou ao Brasil para se juntar ao América F.C. de São Paulo. Depois mudou-se para o Mirassol F.C. mas Doriva sempre tinha o sonho de terminar a carreira no São Paulo F.C.
Em 2008 foi-lhe detectada uma arritmia cardíaca durante os exames médicos no Mirassol F.C. e foi impedido de jogar. Mais tarde voltou a ser observado e o problema foi confirmado. Como Doriva tinha antecedentes na família com o mesmo problema cardíaco resolveu colocar um ponto final na carreira quando contava 35 anos.
Doriva representou por 14 vezes a Selecção do Brasil. Estreou-se no dia 27 de Abril de 1995 e esteve presente no Campeonato do Mundo de Futebol de França de 1998.
Em 2012 fez parte, como treinador-adjunto, da equipa técnico do Ituano F.C. tendo assumido o cargo de treinador principal em 2013 e onde conquistou o Campeonato Paulista A1. Em 2014 passou a treinador do C.A. Paranaense, passou depois pelo C.R. Vasco da Gama onde venceu o Campeonato Carioca, seguiu-se o A.A. Ponte Preta, São Paulo F.C., E.C. Bahia, Santa Cruz F.C., A.C. Goianiense, Grêmio Novorizontino, nova passagem pelo A.A. Ponte Preta e depois o Clube de Regatas Brasil.

Palmarés como jogador
2 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
1 Taça de Portugal
1 Supertaça Cândido de Oliveira
1 Taça da Liga Inglessa
1 Recopa Sul-Américana
1 Supertaça Libertadores
1 Mundial Interclubes
1 Taça Conmebol

Palmarés como treinador
1 Campeonato Carioca
1 Campeonato Paulista

26 de outubro de 2009

Jaime Magalhães

Jaime Fernandes Magalhães nasceu no dia 19 de Julho de 1962 na cidade do Porto.
Ingressou nas camadas jovens do Futebol Clube do Porto na época de 1976/77. Na temporada de 1980/81 integrou o plantel principal dos Dragões.
A sua estreia como sénior na equipa portista aconteceu no dia 24 de Agosto de 1980 no Estádio José de Alvalade quando o F.C. Porto visitou e venceu o Sporting C.P. por 2-1, num jogo a contar para a 1ª jornada do Campeonato Nacional de 1980/81.
Jaime Magalhães esteve ao serviço dos Dragões durante 15 temporadas consecutivas, desde 1980/81 até 1994/95.
Foi por sete vezes Campeão Nacional, Venceu quatro Taças de Portugal, conquistou oito Supertaças Cândido de Oliveira e ganhou duas Taças Associação de Futebol do Porto com o ponto alto da sua carreira a chegar no ano de 1987 altura em que ajudou a conquistar a Taça dos Clubes Campeões Europeus e a Taça Intercontinental ao que juntou a Supertaça Europeia.
Com a camisola azul e branca, Jaime Magalhães conquistou 24 Títulos, disputou 408 partidas oficiais e marcou 47 golos.
Na temporada de 1995/96 transferiu-se para o Leça F.C. onde terminou a carreira de futebolista nessa mesma época.
Foi internacional por 20 vezes, tendo marcado presença no Campeonato da Europa de França de 1984 e no Campeonato do Mundo do México de 1986.
Em 2011 aceitou o convite de Jorge Costa para integrar a equipa técnica do F.C. CFR Cluj da Roménia, mas deixou o clube junto com o técnico principal quando este foi dispensado no inicio de 2012.

Palmarés
1 Taça dos Clubes Campeões Europeus
1 Taça Intercontinental
1 Supertaça Europeia
7 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
4 Taças de Portugal
8 Supertaças Cândido de Oliveira
2 Taças Associação de Futebol do Porto

19 de outubro de 2009

Sardoeira Pinto

Fernando Arnaldo Sardoeira Pinto nasceu no dia 29 de Agosto de 1933 no Porto.
Filho de um industrial gráfico e de uma professora primária, estudou desde criança na cidade do Porto até que aos 21 anos entrou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tendo-se formado doutor em 1964. Ainda era estudante universitário quando foi admitido como jornalista no jornal “Diário do Norte”, isto em 1957, no entanto chegou a chefiar o mesmo jornal alguns anos mais tarde.
Portista desde miúdo, um amor ao Futebol Clube do Porto que herdou dos seus pais, como chegou a referir, desde cedo que foi eleito para uma denominada Assembleia Delegada, constituída pelos sócios mais antigos e dedicados e dessa forma sempre se manteve a par da vida do F.C. Porto, até chegar a ter algum protagonismo no ultimo mandato do Presidente Pinto de Magalhães.
Em 1971, foi convidado a assumir o cargo de Presidente da Direcção da Associação de Futebol do Porto, aceitou o convite e passou a defender o interesse dos clubes da região do Porto.
Foi mais tarde irradiado por causa de uma péssima arbitragem numa Final de juniores entre o F.C. Porto e o Sporting C.P. que os leões venceram por 2-1. Logicamente que saiu em defesa do F.C. Porto por este pertencer à Associação que presidia. O caso durou vários meses e quase ao fim de um ano o Secretário de Estado da Juventude e Desporto deu como provado que não foram dadas legalmente todas as condições para que o Dr. Sardoeira Pinto tivesse uma defesa eficaz e julgou o caso como nulo e de nenhum efeito.
Em 1977 voltou à Associação e foi de novo eleito para Presidente da Direcção. Terminado esse mandato passou a Presidente da Assembleia Geral da Associação de Futebol do Porto, mas afastou-se do futebol quando também esse mandato terminou.
Foi depois eleito Sócio Honorário do F.C. Paços de Ferreira como agradecimento pela forma com actuou enquanto esteve à frente dos destinos da Associação.
Em 1982 com a eleição de Jorge Nuno Pinto da Costa para Presidente do F.C. Porto, o Dr. Sardoeira Pinto assumiu a presidência da Assembleia Geral do clube, lugar que ocupou até ao fim da sua vida.
Em 1991 foi nomeado pelo Conselho Cultural do F.C. Porto, Dragão de Ouro e Dirigente do Ano.
Em 1994 foi também eleito e por unanimidade, Presidente Honorário do F.C. Porto.
“Fiquei muito emocionado, como continuo a estar. Foi um prémio especial, algo que para mim é extraordinário: a consideração e a amizade dos meus consócios. Ser eleito Presidente Honorário do Futebol Clube do Porto foi uma consagração, depois destes anos que levo ao serviço do Clube. Como tenho dito muitas vezes e não me canso de repetir, representar o Futebol Clube do Porto é uma das maiores honras que experimentei na minha vida. E quando digo representar o Futebol Clube do Porto digo também representar a massa associativa. Por outro lado, devo dizer que a minha vida tem conhecido bons momentos e este foi certamente um deles. Em termos desportivos, foi, sem duvida, o melhor da todos, quando na minha segunda casa, na minha segunda família recebi esta consagração que me envaidece. Ao Reinaldo Teles e ao Prof. Dr. Vieira de Carvalho foi feita justiça: a mim, foi-me dada uma honra que endosso, naturalmente, aos consócios e me permite, conforme o Presidente da Direcção já disse, afirmar uma coisa muito importante: quem é honorária é a massa associativa do F.C. Porto, pelo que é, pelo que vale e pelo que representa”.
Dr. Sardoeira Pinto serviu o F.C. Porto durante 32 anos.
Faleceu no dia 19 de Junho de 2014.

12 de outubro de 2009

Freitas

Fernando José António Freitas Alexandrino, mais conhecido apenas como Freitas, nasceu no dia 21 de Julho de 1947 na cidade de Lobito, Angola.
Iniciou a carreira de futebolista no Lusitano de Lobito.
Em 1967, e já em Portugal, ingressou no C.F. Belenenses, tendo representado o clube lisboeta até à época de 1975/76. Pelo clube de Belém venceu por duas vezes a Taça Associação de Futebol de Lisboa. No último ano em que representou os azuis de Belém, Freitas alinhou na Selecção Europa-América, que defrontou um misto Rio de Janeiro-São Paulo, em dois encontros disputados, um no Maracanã e outro na Baía.
Na temporada de 1976/77 transferiu-se para o Futebol Clube do Porto.
A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 4 de Setembro de 1976 no Estádio das Antas onde os portistas receberam e venceram o Portimonense S.C. por 3-0, num jogo a contar para a 1ª jornada do Campeonato Nacional de 1976/77.
Depois de uma primeira época onde nem sempre foi titular, venceu a Taça de Portugal, depois da vitória na Final sobre o S.C. Braga por 1-0.
Freitas foi um dos principais jogadores no onze titular de José Maria Pedroto que venceu os dois Campeonatos Nacionais em 1977/78 e 1978/79.
Em 1980/81 venceu a Taça Associação de Futebol do Porto.
Na época seguinte e já com o austriaco Hermann Stessl a treinar os Dragões, Freitas conquistou a Supertaça Cândido de Oliveira, a primeira do F.C. Porto.
Freitas jogou no F.C. Porto 7 temporadas. Conquistou 5 Títulos e disputou 185 jogos oficiais.
Em 1983/84 rumou ao Algarve para ingressar no Portimonense S.C. clube onde terminou a sua carreira no final dessa época.
Representou ainda a Selecção Nacional por 9 ocasiões.

Palmarés
2 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
1 Taça de Portugal
1 Supertaça Cândido de Oliveira
2 Taças Associação de Futebol de Lisboa
1 Taça Associação de Futebol do Porto

Um agradecimento especial ao Dragão Vila Pouca e ao Armando Pinto pela colaboração

5 de outubro de 2009

Jacques

Jacques Pereira nasceu no dia 2 de Fevereiro de 1955 em Casablanca, Marrocos.
Despontou para o futebol em Vila Real do Santo António ao serviço do Lusitano F.C. clube onde fez a toda a sua formação. Ainda juniore mudou de ares e passou a vestir a camisola do S.C. Farense onde se estreou como sénior na época de 1974/75. Esteve no emblema de Faro durante duas temporadas. Seguiu-se o F.C. Famalicão, onde jogou quatro épocas, tendo-se Sagrado Campeão Nacional da II Divisão na temporada de 1977/78.
Em 1979/80 e 1980/81 vestiu a camisola do S.C. Braga, onde disputou 54 partidas oficiais e marcou 20 golos.
Em 1981/82 ingressou no Futebol Clube do Porto.
A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 22 de Agosto de 1981 no Estádio das Antas quando os portistas receberam e venceram o S.L. Benfica por 2-1, num jogo da 1ª jornada do Campeonato Nacional de 1981/82. Já o primeiro golo de Dragão ao peito marcou na 3ª jornada contra o Portimonense S.C. no Estádio das Antas e que valeram a vitória por 1-0. Foi o melhor marcador do Campeonato Nacional com 29 golos apontados em 30 jogos.
Nas quatro temporadas em que representou os Dragões, Jacques sagrou-se Campeão Nacional (1984/85), venceu 1 Taça de Portugal (1983/84), conquistou 1 Taça Associação de Futebol do Porto (1983/84) e ganhou 2 Supertaças Cândido de Oliveira (1981/82 e 1984/85), na primeira que conquistou, foi a principal figura ao apontar 3 golos na vitória por 4-1 com que o Futebol Clube do Porto venceu o S.L. Benfica no jogo da 2ª mão, depois da derrota por 2-0 em Lisboa.
Na Temporada de 1985/86, Jacques regressou ao S.C. Braga. Seguiu-se o S.C. Covilhã, depois novamente ingressou no Lusitano F.C. para terminar a sua carreira na época de 1991/92 ao serviço do U.D. Castromarinense.
Jacques representou ainda a Selecção Nacional, aconteceu apenas por uma vez numa partida contra a Bulgária que Portugal perdeu por 5-2.
Jacques Pereira faleceu no dia 3 de Novembro de 2020.

Palmarés
1 Campeonato Nacional 1ª Divisão (Portugal)
1 Campeonato Nacional 2ª Divisão (Portugal)
1 Taça de Portugal
2 Supertaças Cândido de Oliveira
1 Taça Associação de Futebol do Porto

28 de setembro de 2009

116 Anos


A todos os Portistas, que desde o dia 28 de Setembro de 1893 e ao longo dos anos fizeram com que o Futebol Clube do Porto tenha hoje a grandeza que tem. Muitos Parabéns.

20 de setembro de 2009

Artur Jorge

Artur Jorge Braga de Melo Teixeira nasceu no dia 13 de Fevereiro de 1946 na cidade do Porto.
Começou a jogar futebol nas camadas jovens do Futebol Clube do Porto, sendo Campeão Nacional em 1962/63 pelos juniores.
Na temporada de 1964/65 integrou o plantel principal dos Dragões. A sua estreia com a camisola dos Dragões em jogos como sénior aconteceu no dia 13 de Setembro de 1964 no Campo do Baluarte, em Peniche, onde os portistas empataram 1-1 com o G.D. Peniche, num jogo a contar para a 1ª mão da 1ª eliminatória da Taça de Portugal de 1964/65.
Nessa época apenas disputou seis jogos pois uma grave lesão afastou-o durante um grande período de tempo dos relvados.
Na temporada seguinte mudou-se para Coimbra onde viria a representar a Académica durante 4 temporadas.
Depois em 1969/70 transferiu-se para o S.L. Benfica, onde foi por 4 vezes Campeão Nacional, venceu 2 Taças de Portugal e foi por 2 vezes o melhor marcador do campeonato.
Em 1975/76 ingressou no C.F. Belenenses onde voltou a sofrer mais uma grave lesão que o fez retirar-se da carreira de futebolista.
Artur Jorge representou ainda a Selecção Nacional por 16 vezes e marcou 1 golo.
Foi depois para a Alemanha tirar o curso de treinador e quando regressou foi convidado por José Maria Pedroto a fazer parte da sua equipa técnica no Futebol Clube do Porto. No entanto pouco depois Pedroto e o então Presidente portista, Américo de Sá, desentenderam-se e Pedroto foi para Guimarães levando consigo Artur Jorge.
Em 1981/82 passou a treinador principal do Portimonense S.C. onde esteve durante duas temporadas.
Na temporada de 1984/85 Artur Jorge regressou ao F.C. Porto para ser o treinador principal.
Não poderia ter sonhado com melhor destino já que se sagrou Campeão Nacional e conquistou a Supertaça Cândido de Oliveira nessa primeira temporada.
Voltou a repetir a conquista do Campeonato Nacional na temporada seguinte.
Em 1986/87 Artur Jorge tornou-se no primeiro treinador nacional a conquistar a Taça dos Clubes Campeões Europeus depois do F.C. Porto ter vencido na Final de Viena os alemães do F.C. Bayern Munique por 2-1. Nessa época venceu ainda a Supertaça Cândido de Oliveira.
Na temporada seguinte rumou a Paris para orientar o Matra Racing onde se manteve durante duas épocas.
Em 1989/90 voltou às Antas para de novo levar o F.C. Porto à conquista do Título Nacional.
Na temporada seguinte venceu a Taça de Portugal e a Supertaça Cândido de Oliveira.
Depois voltou a partir para França para comandar o Paris S.G. onde venceu uma Taça de França e um campeonato francês. Em 1994/95 Voltou a Portugal mas desta vez para treinar o S.L. Benfica onde não ganhou nada, saindo no final da temporada para se tornar no técnico da Selecção da Suíça. Passou ainda pelo comando da Selecção de Portugal, pelo C.D. Tenerife, voltou ao Paris S.G., depois seguiu-se o S.B.V. Vitesse, Al Nassr. Em 2001/02 foi campeão na Arábia Saudita pelo Al Hilal. Na temporada seguinte regressou a Portugal para treinar a Académica de Coimbra. Depois passou pelo Spartak de Moscovo, Camarões e U.S. Créteil-Lusitanos. Em 2014/15 e depois de ter estado sete anos afastado dos relvados voltou a treinar, o seu destino foi a Argélia onde treinou o M.C. Alger. Pouco depois deixou o clube africano e também o futebol.
No dia 22 de Fevereiro de 2024, Artur Jorge faleceu, vitima de doença prolongada.

Palmarés como jogador

4 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
2 Taças de Portugal

Palmarés como treinador
1 Taça dos Campeões Europeus
3 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
1 Campeonato de França
1 Campeonato da Arábia Saudita
1 Campeonato da Russia
1 Taça de Portugal
1 Taça de França
3 Supertaças Cândido de Oliveira
1 Supertaça da Russia

14 de setembro de 2009

Maniche

Nuno Ricardo Oliveira Ribeiro, mais conhecido como Maniche, nasceu no dia 11 de Novembro de 1977 em Lisboa.
Começou a dar os primeiros passos no futebol nas camadas jovens do S.L. Benfica e em 1995/96 estreou-se na equipa principal do clube encarnado. Na temporada seguinte foi emprestado ao F.C. Alverca, onde permaneceu durante três épocas para regressar de novo ao S.L. Benfica em 1999/2000. No início tudo parecia correr bem para o jogador até que começaram a surgir alguns problemas de ordem disciplinar que acabaram por o fazer abandonar o clube lisboeta no final da temporada de 2001/02.
No início da época de 2002/03 foi contratado pelo Futebol Clube do Porto.
A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 25 de Agosto de 2002 no Estádio das Antas onde os portistas receberam e empataram 2-2 com o C.F. Belenenses, num jogo a contar para a 1ª jornada do Campeonato Nacional de 2002/03.
Maniche começou desde logo a ser um dos jogadores mais influentes na equipa orientada por José Mourinho, e nessa primeira temporada com a camisola do F.C. Porto venceu tudo o que tinha para vencer. Campeonato Nacional, Taça de Portugal e a Taça UEFA, que foi sem duvida o momento alto da época.
Para a temporada de 2003/04 a história voltou a repetir-se com mais uma conquista do Campeonato Nacional, uma Supertaça Cândido de Oliveira e a vitória na Liga dos Campeões.
Em 2004/05 Maniche começou por vencer mais uma Supertaça Cândido de Oliveira à qual juntou a Taça Intercontinental, conquistada no Japão ao derrotar o C.D. Once Caldas da Colômbia.
No final dessa época deixou os Dragões. Ao serviço do F.C. Porto, Maniche jogou durante 3 temporadas e foi sempre um dos principais jogadores da equipa. Conquistou 8 Títulos, disputou 125 jogos oficiais e marcou 23 golos.
Em 2005 ingressou no F.K. Dínamo de Moscovo, mas na equipa russa não foi feliz e foi emprestado ao Chelsea F.C. de Inglaterra, onde voltou a encontrar José Mourinho, e onde venceu o Campeonato de Inglaterra e a Supertaça de Inglaterra. Na temporada seguinte transferiu-se para o Atlético de Madrid onde permaneceu durante três temporadas. Pelo meio foi emprestado ao F.C. Inter de Milão a meio da época de 2007/08, ainda a tempo de festejar a conquista do campeonato italiano. Em 2009/10 rumou à Alemanha para ingressar no F.C. Colónia. Regressou a Portugal em 2010/11 para jogar pelo Sporting C.P. tendo deixado o clube de Alvalade no final dessa mesma temporada e decidiu terminar a sua carreira de futebolista.
Maniche representou a Selecção de Portugal por 52 vezes e marcou 7 golos. Esteve presente no Campeonato da Europa de 2004 e no Campeonato do Mundo de 2006.
Em 2013/14 assumiu novas funções ao integrar a equipa técnica do F.C. Paços de Ferreira, como treinador adjunto, acabando por deixar o clube a meio dessa mesma temporada. Em 2016/17 assumiu o mesmo cargo na Académica de Coimbra.
No final de 2017 assumiu o cargo de Presidente da SAD do A.D. Camacha da Madeira.
No dia 25 de Julho de 2014 voltou a vestir a camisola do Futebol Clube do Porto e a pisar o relvado do Estádio do Dragão para o jogo de despedida e homenagem a Deco.

Palmarés
1 Taça Intercontinental
1 Liga dos Campeões
1 Taça UEFA
2 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
1 Campeonato de Inglaterra
1 Campeonato de Itália
1 Taça de Portugal
2 Supertaças Cândido de Oliveira
1 Supertaça de Inglaterra

6 de setembro de 2009

Lisandro López

Lisandro López nasceu no dia 2 de Março de 1983 em Rafael Obligado na zona de Buenos Aires, Argentina.
Começou a jogar futebol nas camadas jovens do Racing Club e em 2002/03 estreou-se na equipa principal do clube de Avellaneda. Em 2004 foi o melhor marcador do Torneio Apertura com 12 golos de sua autoria o que despertou o interesse de muitos clubes europeus.
No início da temporada de 2005/06 foi contratado pelo Futebol Clube do Porto.
A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 21 de Agosto de 2005 no Estádio do Dragão onde os portistas receberam e venceram o C.F. Estrela da Amadora por 1-0, numa partida a valer para a 1ª jornada do Campeonato Nacional de 2005/06.
Na primeira época de Dragão ao peito, Lisandro López foi um dos principais jogadores na conquista do Campeonato Nacional e também da Taça de Portugal.
Na época de 2006/07 começou por vencer a Supertaça Cândido de Oliveira e terminou com a vitória no segundo Campeonato Nacional consecutivo.
Em 2007/08 teve um papel fundamental na equipa portista ao apontar 24 golos em 27 jogos a contar para o Campeonato Nacional, o que lhe valeu o troféu de melhor marcador e de novo o título de Campeonato Nacional.
Na época de 2008/09 voltou a ajudar o F.C. Porto a ganhar o Campeonato Nacional e tornou-se um dos cinco jogadores portistas a sagrar-se Tetra-Campeões. Voltou a ser importante na conquista da Taça de Portugal ao apontar o golo que valeu a vitória aos Dragões na Final contra o F.C. Paços de Ferreira.
Ao serviço do F.C. Porto, Lisandro López esteve durante 4 temporadas, disputou 150 jogos oficiais, marcou 63 golos e conquistou 7 Títulos. No início da época de 2009/10 transferiu-se para o Olympique de Lyonnais onde venceu a Taça de França em 2011/12 e a Supertaça de França da mesma temporada. Em 2013/14 rumou ao Catar para ingressar no Al-Garafa S.C.. Em 2015 o seu destino foi o Brasil e o S.C. Internacional, tendo conquistado o Campeonato Gaúcho. No ano seguinte regressou à Argentina e ao Racing Club, clube que representou durante seis anos e onde ganhou 1 Campeonato da 1ª Divisão da Argentina e 1 Trofeu de Campeões, em 2020. Em 2021, teve uma breve passagem pelo Atlanta United F.C., dos Estados Unidos, mas ainda no mesmo ano, regressou ao Racing Club. No final do ano, deixou o emblema de Avellaneda e ingressou no C.A. Sarmiento.
Lisandro López representou também a Selecção da Argentina por 7 vezes e marcou 1 golo.

Palmarés
4 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
1 Campeonato 1ª Divisão da Argentina
1 Campeonato Gaúcho
2 Taças de Portugal
1 Taça de França
1 Supertaça Cândido de Oliveira
1 Troféu de Campeões (Argentina)

23 de agosto de 2009

Zé Beto

José Alberto Teixeira Ferreirinha (Zé Beto), nasceu no dia 21 de Fevereiro de 1960 em Matosinhos.
Começou por jogar futebol nas camadas jovens do A.D.R. Pasteleira e as suas boas exibições propulsionaram uma disputa pelos seus serviços entre o Leixões S.C. e o Futebol Clube do Porto, com os portistas a levarem a melhor e a conseguirem levar o jovem guarda-redes para as Antas no início da temporada de 1977/78, quando ainda alinhava nos juniores.
Na temporada seguinte integrou o plantel senior dos Dragões mas não fez nenhum jogo já que tinha a forte concorrência de Fonseca e de Torres e acabou por seguir para o S.C. Beira-Mar, por empréstimo, onde actuou na época de 1979/80.
Na época seguinte regressou definitivamente ao F.C. Porto mas teve de esperar até 1983 para se estrear como titular da baliza portista.
A sua estreia em jogos oficiais aconteceu no dia 23 de Janeiro de 1983 no Estádio das Antas onde os portistas receberam e venceram o Famalicão F.C. por 5-0, num jogo a contar para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal de 1982/83.
Então desde essa altura a sua importância no onze titular não parou de crescer e foi fundamental no sucesso do F.C. Porto.
Na temporada de 1983/84 venceu pela primeira vez a Supertaça Cândido de Oliveira e a Taça de Portugal e esteve presente em Basileia na Final da Taça dos Clubes Vencedores das Taças, competição que os portistas foram finalistas juntamente com a Juventus F.C. de Itália. O resultado final foi 2-1 a favor dos italianos. No final do jogo, Zé Beto envolveu-se numa discussão com um dos árbitros assistentes e foi acusado de o ter agredido, o que valeu ao guarda-redes portista uma suspensão de 1 ano por parte da UEFA.
Em 1984/85 Zé Beto sagrou-se Campeão Nacional pela primeira vez, num campeonato onde apenas sofreu 9 golos em 30 jogos. Voltou a conquistar a Supertaça Cândido de Oliveira.
Na época de 1985/86 de novo é Campeão Nacional, tendo sofrido 7 golos em 11 partidas disputadas.
Em 1986/87 Ganha pela terceira vez a Supertaça Cândido de Oliveira, e conquista a Taça dos Clubes Campeões Europeus, competição em que disputou cinco partidas com apenas um golo sofrido.
Zé Beto voltou a sagrar-se Campeão Nacional em 1987/88 e a vencer a Taça de Portugal nessa mesma temporada. Ao que juntou a vitória na Supertaça Europeia e a conquista da Taça Intercontinental.
A temporada de 1989/90 acabou por ser a última da sua carreira já que faleceu num acidente de viação na A1 em Fevereiro de 1990. Encontra-se sepultado no cemitério de Sendim em Matosinhos. Nas 8 épocas em que vestiu a camisola do F.C. Porto, Zé Beto conquistou 11 Títulos e disputou 180 partidas oficiais.
Foi Internacional por Portugal em 3 jogos oficiais.

Palmarés
1 Taça Intercontinental
1 Taça dos Clubes Campeões Europeus
1 Supertaça Europeia
3 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
2 Taças de Portugal
3 Supertaças Cândido de Oliveira

9 de agosto de 2009

Derlei

Vanderlei Fernandes Silva, mais conhecido como Derlei, nasceu no dia 14 de Julho de 1975 em São Bernardo do Campo no Estado de São Paulo; Brasil.
Começou a sua carreira de futebolista profissional em 1994 no América F.C. de Natal onde permaneceu até 1996, tendo vencido o Campeonato Potiguar nesse ano. De seguida mudou-se para o Guarani F.C. em 1997. Teve ainda nesse ano uma breve passagem pelo Grêmio Esportivo Mauaense, mas voltou em 1998 ao Guarani F.C. A meio do ano seguinte ingressou no Madureira E.C. do Rio de Janeiro.
Em 1999/2000 chegava a Portugal para defender as cores do União de Leiria. No clube da cidade do lis ganhou notoriedade e começou a atrair as atenções dos maiores clubes nacionais.
No início da temporada de 2002/03 foi contratado pelo Futebol Clube do Porto.
A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 25 de Agosto de 2002 no Estádio das Antas onde os portistas receberam e empataram 2-2 com o C.F. Belenenses, num jogo a contar para a 1ª jornada do Campeonato Nacional de 2002/03.
Derlei desde logo se impôs e ganhou a titularidade na equipa orientada por José Mourinho, e nessa primeira época ao serviço do F.C. Porto venceu todo o que tinha para ganhar. Primeiro foi o título de Campeão Nacional, depois a Taça UEFA e por fim a Taça de Portugal.
Na temporada seguinte as conquistas continuaram. Começou logo em Agosto com a vitória na Supertaça Cândido de Oliveira, depois a conquista de mais um Campeonato Nacional, e por fim o triunfo na prova que todos os jogadores sonham, a Liga dos Campeões Europeus. Mas nessa época de 2003/04 nem todo foram rosas para Derlei que sofreu uma grave lesão ainda a meio da temporada e esteve praticamente seis meses afastado da competição, no entanto voltou ainda a tempo de poder disputar a Final em Gelsenkirchen. Pelo meio, Derlei fica para a história como o autor do primeiro golo apontado no Estádio do Dragão na partida realizada contra o F.C. Barcelona na inauguração do novo recinto dos Dragões no dia 16 de Novembro de 2003.
A época de 2004/05 começou com mais um troféu conquistado por Derlei, a Supertaça Cândido de Oliveira e em Dezembro de 2004 voltou a conquistar mais uma prova internacional, a Taça Intercontinental.
Em Janeiro de 2005 deixou o F.C. Porto onde jogou durante duas temporadas e meia. De Dragão ao peito conquistou 8 Títulos, disputou 92 jogos oficiais e marcou 40 golos.
No início do ano de 2005 ingressou no F.K. Dinamo de Moscovo, no entanto a glória tinha ficado na cidade Invicta já que não festejou nenhum título. Em 2006/07 regressou a Portugal onde teve uma passagem fracassada pelo S.L. Benfica, onde esteve emprestado pelo clube Russo. Na temporada seguinte transferiu-se para o Sporting C.P. onde voltou a conquistar uma Taça de Portugal e duas Supertaças Cândido de Oliveira e onde voltou a encontrar o seu melhor nível. No final de 2008/09 deixou o clube de Alvalade e regressou ao Brasil para representar o Esporte Clube Vitória, onde conquistou a Campeonato da Bahia. Mudou-se depois para o Madureira Esporte Clube onde terminou a sua carreira em 2010.
No dia 25 de Julho de 2014 voltou a pisar o relvado do Estádio do Dragão e a vestir a camisola do Futebol Clube do Porto para o jogo de homenagem e despedida de Deco.

Palmarés
1 Taça Intercontinental
1 Liga dos Campeões Europeus
1 Taça UEFA
2 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
2 Taças de Portugal
4 Supertaças Cândido de Oliveira
1 Campeonato Potiguar
1 Campeotano Bahia

2 de agosto de 2009

Sousa

António Augusto Gomes de Sousa nasceu no dia 28 de Abril de 1957 em São João da Madeira.
Iniciou a carreira nas categorias jovens da A.D. Sanjoanense e cumpriu apenas seis meses nos juniores, porque o treinador da equipa principal o chamou para os séniores quando tinha apenas 16 anos.
Até 1975 permaneceu no clube da terra, até ao dia em que o seu trabalho e valor o levaram ao S.C. Beira-Mar. Em Aveiro, Sousa cresceu, tornou-se ídolo e depressa passou a ser alvo da cobiça de vários clubes.
Na época 1979/80 ingressou no Futebol Clube do Porto cuja equipa era treinada por José Maria Pedroto.
A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 1 de Setembro de 1979 no Estádio das Antas onde os portistas receberam e venceram o Portimonense S.C. por 6-0, e onde Sousa se estreou também nos golos ao marcar o 5º tento do jogo que contou para a 2ª jornada do Campeonato Nacional de 1979/80.
Na temporada de 1980/81 conquista o seu primeiro troféu ao vencer a Taça Associação de Futebol do Porto.
Na época seguinte ajuda os portistas a vencer a Supertaça Cândido de Oliveira, a primeira da história do F.C. Porto.
Em 1983/84 repete as vitórias na Taça Associação de Futebol do Porto e também na Supertaça Cândido de Oliveira, mas vence pela primeira vez a Taça de Portugal ao derrotar na final o Rio Ave F.C. por 4-1, jogo onde apontou dois golos.
Na temporada seguinte ruma a Alvalade para vestir a camisola do Sporting C.P., com a qual jogou durante duas épocas, tendo disputado 75 jogos oficiais e marcado 19 golos. Venceu ainda uma Taça Associação de Lisboa.
Na época de 1986/87 regressou ao F.C. Porto e voltou a ganhar a Supertaça Cândido de Oliveira, mas o principal Título estava destinado para Maio, no dia 27, quando os Dragões bateram na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus os alemães do F.C. Bayern Munique por 2-1.
a temporada seguinte foi muito mais proveitosa. Foi Sousa que fez a assistência para o seu companheiro Madjer marcar o segundo golo dos portistas que derrotou os uruguaios do C.A. Peñarol por 2-1 e que permitiu aos Dragões vencer a Taça Intercontinental. Pouco tempo depois, Sousa esteve diretamente ligado à vitória da Supertaça Europeia ao apontar o golo da vitória no jogo da 2ª mão com que os portistas venceram os holandeses do Ajax F.C. no Estádio das Antas, depois de já terem ganho em Amesterdão também por 1-0 com Rui Barros a marcar o unico golo do jogo. No final dessa temporada, Sousa sagra-se pela primeira vez Campeão Nacional e vence a sua segunda Taça de Portugal.
O seu percurso no F.C. Porto chegaria ao fim na época 1988/89. de Dragão ao peito Sousa disputou 309 jogos oficiais, marcou 78 golos e conquistou 11 Títulos.
Representou os Dragões durante oito épocas e foi o primeiro jogador do Clube a marcar um golo numa final europeia, em Maio de 1984, em Basileia, para a Taça dos Vencedores das Taças contra a Juventus F.C.
Em 1989/90 regressou então S.C. Beira-Mar, onde esteve mais quatro épocas, ao longo das quais ainda disputou uma final da Taça de Portugal, com derrota perante o F.C. Porto (1-3). Passou pelo Gil Vicente F.C. em 1993/94, depois seguiu para o A.D. Ovarense em 1994/95 e em 1995/96 rumou ao A.D. Sanjoanense, onde terminou a sua carreira de futebolista no final dessa temporada.
Depois manteve-se ligado ao futebol como treinador, cumprindo um trajecto que lhe era familiar: início na A.D. Sanjoanense (1995/96), a que se seguiu o S.C. Beira-Mar, desde Janeiro de 1997 a 2004. Um longo percurso marcado pela vitória na Taça de Portugal de 1997/98, selada com um golo fantástico do seu filho, Ricardo Sousa.
Sousa converteu-se também numa das grandes referências do seu tempo, até pela longevidade de uma carreira que por pouco não atingia o número mágico de 500 jogos no Campeonato Nacional – fez 483! Ainda é hoje o segundo jogador com maior número de encontros na I Divisão (o primeiro é Manuel Fernandes com 485 jogos).
Na Selecção Nacional cumpriu, sempre como titular, a totalidade dos encontros efectuados nas fases finais do Campeonato da Europa de Futebol de 1984 em França e do Campeonato do Mundo de Futebol de 1986 no México.

Palmarés como jogador
1 Taça dos Clubes Campeões Europeus
1 Taça Intercontinental
1 Supertaça Europeia
1 Campeonato Nacional da 1ª Divisão (Portugal)
2 Taças de Portugal
3 Supertaças Cândido de Oliveira
2 Taças Associação de Futebol do Porto
1 Taça Associação de Futebol de Lisboa

Palmarés como treinador
1 Taça de Portugal

26 de julho de 2009

Norman Hall

O inglês Norman Hall era uma estrela na equipa do Futebol Clube do Porto.
A residir em Portugal desde os 8 anos de idade, pouco depois deu os primeiros pontapés na bola no seio do clube que seria o "do seu coração".
Mais tarde, em 1919, iniciaria um percurso desportivo que fez dele uma enorme glória do F.C. Porto.
Hall foi um avançado que se destacou pela extrema cortesia e "fair-play". Era uma figura viva, apaixonante, sempre de sorriso posto, um verdadeiro "gentleman". Numa altura em que os atletas eram inscritos por categorias (o F.C. Porto chegou a disputar os campeonatos de quartas categorias), Norman Hall, embora inscrito a meio da época (20-12-1919), passou desde logo a integrar o plantel de elite de que faziam parte, entre outros, Lino Moreira, José Magalhães Bastos, José Ferreira da Silva, Floreano Pereira, Hamilton, Joaquim Reis, Edward Bull, Lopes Carneiro, Velez Carneiro e Alexandre Cal, vindo a revelar-se um grande jogador e um excepcional desportista.
Estreou-se, com uma grande exibição, em 4 de Abril de 1920 na vitória (3-2) frente ao S.L. Benfica, em Lisboa, a primeira de muitas que o F.C. Porto, ao longo da sua gloriosa história, iria arrebatar a sul e na capital.
Era um jogador que, com raro espírito de solidariedade, se subordinava aos interesses da equipa. O denodo e qualidade técnica fizeram-no temido pelos adversários e, goleador nato, marcou inúmeros e decisivos golos.
Numa eliminatória do Campeonato de 1925/26, só à sua conta converteu 8 tentos (!) nos 10-0 do F.C. Porto.
A mais-valia que representava para a equipa fica comprovada pelo episódio que se conta dum jogo com o S.L. Benfica na época 1930/31 (28-06-1931 – Campo do Arnado, Coimbra). Aníbal José, jogador dos encarnados, algum tempo depois do encontro, confidenciou em entrevista à "Stadium":
"Deixei o Benfica quase por imposição de Vítor Silva a pretexto de ser incorrecto e de não querer obedecer-lhe, mas, aquando do desafio entre o S.L. Benfica e o F.C. Porto, em Coimbra, na final do Campeonato de Portugal, era o Norman Hall o melhor jogador portista, podendo estorvar o Benfica. Vítor Silva, o capitão de equipa, veio ter comigo e disse-me: Ó Aníbal, dá uma grande pancada no Hall, inutiliza-o, quando não estamos perdidos! Eu imediatamente fui ao encontro do Norman Hall e desanquei-o de tal maneira que os rapazes no campo disseram: lá mataram o Hall! O certo é que logo a seguir o Benfica fez dois golos, de nada valendo vir o desgraçado do Hall para ponta esquerda, visto que nada podia fazer... E na outra parte metemos outro golo, ficando o resultado em 3-0."
Norman Hall jogou durante toda a década de 1920/30 e em 1931 ainda tinha um papel transcendente na equipa. Foi capitão do F.C. Porto durante vários anos. Além dos que, com ele, se sagraram em 1921/22 os Primeiros Campeões de Portugal, teve, mais tarde, como companheiros outras velhas glórias do Clube entre as quais Waldemar Mota, Acácio Mesquita, Pedro Temudo, Flávio Laranjeira, Álvaro Pereira, Avelino Martins, Francisco Castro e os míticos Miguel Siska e Artur de Sousa "Pinga", sendo que este iniciava uma carreira fulgurante no futebol português. Com alguns deles reconquistou o Campeonato de Portugal em 1924/25.
Hall, um grande atleta e um homem, com um coração enorme, que em todo o lado dignificou a imagem do Clube que amava. O facto de, juntamente com Abel D'Aquino Júnior, ser o único jogador de antanho a figurar na galeria dos sócios honorários do F.C. Porto, revela bem o destaque que alcançou no clube da Invicta.
A festa de despedida, em 1 de Julho de 1931, foi um tributo das gentes portistas ao homem e ao atleta.

Palmarés
2 Campeonatos de Portugal
12 Campeonatos do Porto


elaborado por Fernando Moreira

19 de julho de 2009

Pedro Emanuel

Pedro Emanuel dos Santos Martins Silva nasceu no dia 11 de Fevereiro de 1975 em Luanda, Angola.
Começou por jogar futebol com 11 anos nas camadas jovens do Boavista F.C., anos 18 anos passou a sénior na temporada de 1993/94 e foi emprestado ao F.C. Marco, depois passou também por empréstimo pelo A.D. Ovarense e pelo F.C. Penafiel antes de regressar ao clube do Bessa na época de 1996/97 ainda a tempo de conquistar a sua primeira Taça de Portugal. No Boavista F.C. Pedro Emanuel permaneceu até ao final da temporada de 2000/01. Ao longo das seis temporadas em que representou o clube da Pantera, foi ganhando um lugar de destaque no plantel boavisteiro ao ponto de chegar a ser capitão de equipa. Equipa que se sagrou Campeã Nacional pela primeira vez na história do clube do Bessa em 2000/01 e que Pedro Emanuel viu dessa forma o seu nome ligado ao historial do clube axadrezado.
No início da temporada de 2002/03 transferiu-se para o Futebol clube do Porto.
A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 25 de Agosto de 2002 no Estádio das Antas onde os portistas empataram 2-2 com o C.F. Belenenses, num jogo a contar para a 1ª jornada do Campeonato Nacional de 2002/03.
logo na primeira época de azul e branco, Pedro Emanuel voltou a sagrar-se Campeão Nacional, ao que juntou a vitória na Taça de Portugal, conquistou ainda a Taça UEFA depois da vitória sobre o Celtic F.C. na Final de Sevilha.
Em 2003/04 repetiu a vitória no Campeonato Nacional, venceu a Supertaça Cândido de Oliveira e ainda conquistou a Liga dos Campeões.
Na temporada seguinte as vitórias continuaram com mais uma Supertaça Cândido de Oliveira e com mais um troféu internacional conquistado, neste caso a Taça Intercontinental que Pedro Emanuel teve um papel importante ao marcar o ultimo penalti no desempate por grandes penalidades. A imagem do jogador nos instantes antes da cobrança do penalti vai ficar para sempre na memoria de todos aqueles que assistiram ao jogo.
Em 2005/06 voltou a Sagrar-se Campeão Nacional e voltou a conquistar a Taça de Portugal. Na temporada de 2006/07 o azar bateu-lhe à porta ainda no decorrer da pré-época. No dia 12 de Agosto nos exercícios de aquecimento para a partida contra o Manchester City F.C., Pedro Emanuel sofreu uma lesão no tendão de Aquiles que o afastou dos relvados durante toda a temporada. Ainda assim festejou mais uma vitória no Campeonato Nacional e a conquista de mais uma Supertaça Cândido de Oliveira.
Na temporada seguinte já totalmente recuperado voltou a sagrar-se Campeão Nacional.
Em 2008/09 festejou o Tetra-Campeonato e mais uma vitória na Taça de Portugal. Apesar de já não ser utilizado com frequência era a voz de comando no balneário e uma das maiores referências do plantel, mas no final dessa temporada resolveu pendurar as chuteiras.
Pedro Emanuel esteve ao serviço do F.C. Porto durante 7 temporadas, conquistou 12 Títulos, disputou 178 jogos oficiais e marcou 1 golo.
Na temporada de 2009/10 passou a treinador dos juvenis portistas onde levou os jovens Dragões à conquista do Título de Campeões Nacionais Juniores B. Na temporada de 2010/11 voltou ao plantel principal do F.C. Porto para ser treinador-adjunto. Em 2011/12 estreou-se como treinador principal ao assumir o comando da Académica de Coimbra tendo levado os estudantes à vitória na Taça de Portugal dessa mesma temporada, no entanto os resultados menos conseguidos já na temporada de 2012/13, levaram à sua saída do clube de Coimbra em Abril de 2013. Em 2013/14 passa a treinar o F.C. Arouca onde permanece durante duas temporadas. Em 2015/16 assume o comando técnico dos cipriotas do Apollon Limassol F.C. e vence a Taça do Chipre, nessa época e a Supertaça do Chipre de 2016/17, mas em Dezembro de 2016 abandona o emblema cipriota. Regressa a Portugal e em Março de 2017 começa a treinar o G.D. Estoril. Em 2018/19 ruma à Arábia Saudita para orientar o Al-Taawoun F.C. e leva o clube árabe à conquista da Taça da Arábia Saudita. No inicio da temporada de 2019/20 passa a ser o treinador dos espanhóis do U.D. Almeria mas em Novembro de 2019 deixa o emblema andaluz. Em Janeiro de 2020 viaja para os Emirados Arábes Unidos para comandar o Al Ain F.C.
No dia 25 de Julho de 2014 esteve de novo no relvado do Estádio do Dragão e de novo com a camisola do Futebol Clube do Porto vestida no jogo de despedida e homenagem a Deco.

Palmarés como jogador
1 Taça Intercontinental
1 Liga dos Campeões
1 Taça UEFA
7 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
4 Taças de Portugal
3 Supertaças Cândido de Oliveira

Palmarés como treinador
1 Taça de Portugal
1 Taça do Chipre
1 Taça da Arábia Saudita
1 Supertaça do Chipre

12 de julho de 2009

Jaime Pacheco

Jaime Moreira Pacheco nasceu no dia 22 de Julho de 1958 em Lordelo, Paredes.
Iniciou-se no mundo do futebol nos iniciados do Aliados Lordelo. Em 1979/80 foi contratado pelo Futebol Clube do Porto que era treinado por José Maria Pedroto.
A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 2 de Dezembro de 1979 no Estádio das Antas onde os portistas receberam e venceram o S.C. Lusitânia dos Açores por 2-0, num jogo a contar para a 3ª eliminatória da Taça de Portugal de 1979/80.
O primeiro troféu que venceu ao serviço dos azuis e brancos foi a Taça Associação de Futebol do Porto em 1980/81.
Na temporada seguinte conquistou a Supertaça Cândido de Oliveira ao vencer o S.L. Benfica no Estádio das Antas por 4-1, isto depois de um resultado desfavoravel de 2-0 traqzido do Lisboa.
Em 1983/84 voltou a conquistar a Supertaça Cândido de Oliveira e mais uma vez ao derrotar o S.L. Benfica, desta vez com uma vitória no Estádio da Luz por 2-0 depois de um empate 0-0 no Estádio das Antas. Venceu também mais uma Taça Associação de Futebol do Porto. No dia 1 de Maio ganhou a Taça de Portugal ao vencer o Rio Ave F.C. por 4-1 na final realizada no Estádio do Jamor. Ainda em Maio, foi títular na equipa portista que, pela primeira vez na história dos portistas, disputou uma final de uma competição europeia, no caso a Taça dos Clubes Vencedores das Taças que os italianos da Juventus F.C. venceram.
Depois de cinco anos nas Antas, assinou pelo Sporting C.P. onde jogou durante duas épocas sem nunca ter vencido algum troféu. ao F.C. Porto duas temporadas depois, a tempo de se sagrar Campeão Europeu, em 1987, e vencer a Taça Intercontinental assim como a Supertaça Europeia. No inicío da temporada de 1986/87 regressou ao F.C. Porto. Venceu pela terceira vez a Supertaça Cândido de Oliveira e de novo ao levar de vencido o S.L. Benfica com uma vitória por 4-2, em Lisboa, depois de um empate 1-1 no Estádio das Antas. Mas o ponto alto da carreira aconteceu no dia 27 de Maio de 1987 com a vitória na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus sobre o F.C. Bayern Munique por 2-1. Uma final que Jaime Pacheco não pôde disputar, devido a lesão, mais que deu o seu contributo ao longo da competição com 4 jogos disputados.
Na temporada de 1987/88, Jaime Pacheco venceu praticamente tudo o que havia para vencer. Começou por ganhar a Taça Intercontinental, um mês depois conquistou a Supertaça Europeia, depois sagrou-se Campeão Nacional e conquistou a Taça de Portugal.
A época de 1988/89 foi a ultima em que vestiu a camisola azul e branca.
Jaime Pacheco representou o F.C. Porto durante 8 temporadas, conquistou 11 Títulos, disputou 206 jogos oficiais e marcou 19 golos.
Em 1989/90 ingressou no V. Setubal, onde disputou 53 partidas oficiais. Em 1991/92 transferiu-se para o F.C. Paços de Ferreira tendo disputado 52 jogos oficiais. Em 1993/94 esteve ao serviço do S.C. Braga onde jogou por 18 vezes. Em 1994/95 Representou o Rio Ave F.C. pelo qual disputou 8 partidas e em 1995/96 ingressou no U.S.C. Paredes, onde terminou a sua carreira no final dessa temporada.
Chegou também a vestir por diversas vezes a camisola da Selecção Nacional e esteve presente no Campeonato da Europa de 1984 e no Campeonato do Mundo de 1986.
Jaime Pacheco estreou-se a treinador durante a temporada de 1992/93 quando ainda era jogador do F.C. Paços de Ferreira e onde acumulou as duas funções.
Em 1995/96 passou definitivamente a técnico ao assumir o comando do C.F. União de Lamas. E foi na equipa de Santa Maria da Feira que Jaime Pacheco começou a dar as primeiras dores de cabeça às grandes equipas, quando na 5ª eliminatória da Taça de Portugal impôs um empate a zero contra o F.C. Porto em pleno estádio das Antas, e o feito poderia mesmo ter sido ainda maior se a sua equipa não tivesse desperdiçado uma grande penalidade já nos minutos finais. Ainda nessa época, o presidente do Vitória de Guimarães, Pimenta Machado, foi buscá-lo a Santa Maria de Lamas para orientar a equipa da cidade berço. Assim, tirou o V. Guimarães do fundo da tabela, para na época seguinte (1996/1997) levar o clube minhoto a conquistar a presença nas competições europeias. Na temporada de 1997/98, viveu uma situação insólita na sua carreira, já que foi despedido à oitava jornada, quando o Vitória de Guimarães, curiosamente, seguia num excelente segundo lugar no campeonato. Contudo, Jaime Pacheco não ficou muito tempo no desemprego, já que João Loureiro, presidente do Boavista F.C. se lembrou dele quando, em Dezembro de 1997, decidiu substituir Mário Reis no comando da equipa técnica do clube axadrezado.
Na época de 1998/99, levou os boavisteiros ao segundo lugar no campeonato, assim, em 1999/2000 o Boavista F.C. alcançou o apuramento para a Liga dos Campeões.
Mas o maior feito da carreira de Jaime Pacheco como treinador de futebol foi alcançado na temporada de 2000/01 quando levou o Boavista F.C. à vitória no Campeonato Nacional.
Na temporada de 2002/03 ainda no comando técnico do emblema do Bessa, chegou às meias-finais da Taça UEFA onde foi eliminado pelos escoceses do Celtic de Glasgow.
Em 2003/04 ingressou no R.C.D. Mallorca de Espanha onde se manteve apenas alguns meses. Na temporada seguinte voltou ao Boavista F.C. onde esteve uma temporada. Ainda passou depois pelo V. Guimarães, regressou de novo ao Bessa e na temporada de 2008/09 assumiu o comando do C.F. Belenenses. Em 2009/10 viajou para a Arábia Saudita onde foi treinar o Al-Shabab de Riyadh durante uma temporada. Em 2011 rumou à China para comandar o Beijin Guoan F.C. durante dois anos. Passou depois pelo Egito para orientar o Zamalek S.C. onde se sagrou Campeão do Egipto. Em 2014/15 voltou à Arabia Saudita e ao Al-Shabab F.C. e no verão de 2016 voltou à China para treinar o Tianjin Teda F.C. onde se manteve durante dois anos. Em 2019/20 voltou ao Zamalek S.C. e mais uma vez venceu o campeonato egípcio desse ano. Na temporada de 2021/22 mudou de ares e tornou-se o treinador do Pyramids F.C., lugar que ocupou até Fevereiro de 2024.  

Palmarés como jogador
1 Taça dos Clubes Campeões Europeus
1 Taça Intercontinental
1 Supertaça Europeia
1 Campeonato Nacional da 1ª Divisão (Portugal)
2 Taças de Portugal
3 Supertaças Cândido de Oliveira
2 Taças Associação de Futebol do Porto
1 Taça Associação de Futebol de Lisboa

Palmarés como treinador
1 Campeonato Nacional da 1ª Divisão (Portugal)
1 Campeonato do Egiptp

5 de julho de 2009

Lucho González

Luis Oscar González (Lucho), nasceu no dia 19 de Janeiro de 1981 em Buenos Aires na Argentina.
Com 14 anos iniciou-se no futebol nas camadas jovens do Club Atlético Huracán, e na temporada de 1998/99 fez a sua estreia na equipa principal, permanecendo no clube do globo até ao final da época de 2001/02. Em 2002 transferiu-se para o C.A. River Plate onde desde cedo começou a ser um dos jogadores mais influentes da equipa e onde se sagrou Campeão do Torneio Clausura em 2003 e 2004.
No início da temporada de 2005/06 foi contratado pelo Futebol Clube do Porto.
A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 21 de Agosto de 2005 no Estádio do Dragão quando os portistas receberam e venceram o C.F. Estrela da Amadora por 1-0, num jogo que valeu para a 1ª jornada do Campeonato Nacional de 2005/06.
Lucho depressa se tornou um dos principais jogadores portistas chegando mesmo a ser capitão. Nessa sua primeira época de azul e branco, sagrou-se Campeão Nacional, conquistou a Taça de Portugal e foi o melhor marcador da equipa.
Na sua segunda época ao serviço do F.C. Porto, voltou a vencer o Campeonato Nacional, ao que juntou a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira.
Em 2007/08 foi novamente Campeão Nacional.
Na época de 2008/09 voltou a conquistar o Campeonato Nacional e venceu a Taça de Portugal ao derrotar na final o F.C. Paços de Ferreira por 1-0.
Em 2009/10 rumou a França para jogar pelo Olympique Marselha, clube com que se sagrou Campeão de França em 2009/10, venceu por duas vezes a Supertaça de França e ainda a Taça da Liga por 3 vezes.
Em Janeiro de 2012 regressou ao Futebol Clube do Porto e voltou a sagrar-se Campeão Nacional.
Já no inicio da temporada de 2012/13, ajudou os portistas a conquistar a Supertaça Cândido de Oliveira e no final dessa temporada voltou a sagrar-se Campeão Nacional.
Na temporada seguinte começou por vencer de novo a Supertaça Cândido de Oliveira, mas em Janeiro deixou os Dragões para rumar ao Catar.
ao serviço do F.C. Porto, Lucho González conquistou 12 Títulos, disputou 241 jogos oficiais e marcou 62 golos.
Em Janeiro de 2014 passou a vestir a camisola do Al-Rayyan Club, onde disputou 26 partidas oficiais. Em Junho de 2015 regressou à Argentina e ao C.A. River Plate, um regresso feliz já que praticamente um mês depois de voltar a vestir a camisola dos "Millonarios" venceu a Taça dos Libertadores da América e também a Taça Suruga Bank. Em Setembro de 2016 viaja para o Brasil para ingressar no Club Athletico Paranaense, onde conquistou a taça Sul-Americana em Dezembro de 2018 e de novo a Taça Suruga Bank em Agosto de 2019.
Em Maio de 2021, colocou um ponto final na sua brilhante carreira de futebolista.
Depois de ter pendurado as chuteiras, Lucho González foi treinador-adjunto no C.A. Paranaense. Em Agosto de 2022, tornou-se no principal treinador do Ceará S.C. lugar que ocupou durante dois meses.
Lucho González representou ainda a Seleção da Argentina por 45 vezes e marcou 7 golos. Esteve presente no Jogos Olímpicos de 2004 onde conquistou a Medalha de Ouro, na Copa América de 2004 e de 2007 e ainda esteve no Campeonato do Mundo de 2006.

Palmarés
1 Medalha de Ouro Olímpica
1 Taça dos Libertadores da América
1 Taça Sul-americana
2 Taças Suruga Bank
6 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
2 Campeonatos da Argentina
1 Campeonato de França
2 Taças de Portugal
3 Supertaça Cândido de Oliveira
1 Supertaça de França
3 Taça da Liga de França

28 de junho de 2009

Eurico

Eurico Monteiro Gomes nasceu no dia 29 de Setembro de 1955 em Santa Marta de Penaguião.
Começou nas camadas jovens do Odivelas F.C. mas depressa passou para o S.L. Benfica onde na temporada de 1973/74 deu o salto para a equipa principal. No clube da Luz permaneceu até ao final da época de 1978/79 onde se sagrou Campeão Nacional pela primeira vez na sua carreira (1975/76 e 1976/77), tendo vencido por duas vezes a Taça Associação de Futebol de Lisboa (1977/78 e 1978/79).
Em 1979/80 transferiu-se para o Sporting C.P. e voltou a sagrar-se Campeão Nacional logo nessa primeira época ao serviço dos Leões, o que viria a repetir na temporada de 1981/82. Foi também no clube de Alvalade que Eurico conquistou a sua primeira Taça de Portugal em 1981/82.
Em 1982/83 mudou-se para o Futebol Clube do Porto. A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 21 de Agosto de 1982 no Campo do Portimonense, em Portimão, onde os portistas venceram por 2-1 os algarvios, numa partida a contar para a 1ª jornada do Campeonato Nacional de 1982/83.
Com a camisola dos Dragões, Eurico voltou a vencer o Campeonato Nacional por mais duas vezes (1984/85 e 1985/86), venceu a sua segunda Taça de Portugal (1983/84), conquistou a Supertaça Cândido de Oliveira também por duas ocasiões (1983/84 e 1984/85) e a Taça Associação de Futebol do Porto (1983/84). As exibições que realizou com a camisola do F.C. Porto começaram a despertar a cobiça dos maiores clubes europeus e a valer grandes elogios nos jornais desportivos internacionais, principalmente depois a sua boa prestação no jogo da final da Taça dos Vencedores das Taças de 1984 e do Campeonato da Europa de Futebol realizado em França em 1984. Infelizmente em Agosto de 1985 no jogo da 1ª jornada do Campeonato Nacional de 1985/86, Eurico sofreu uma grave lesão que o afastou dos relvados durante um longo período de tempo e que o condicionou para o resto da sua carreira.
No final dessa infeliz época de 1985/86, Eurico deixou o F.C. Porto. Representou os azuis e brancos durante 4 temporadas, disputou 133 jogos oficiais, marcou 9 golos e conquistou 6 Títulos.
Na temporada de 1987/88 ingressou no Vitória de Setúbal, clube onde terminou a carreira de futebolista na temporada seguinte, depois de 45 jogos disputados.
Eurico representou também a Selecção Nacional. Foi internacional por 38 vezes e foi um dos convocados para o Campeonato da Europa de 1984.
Abraçou depois a carreira de treinador que teve início ao serviço do Rio Ave F.C. em 1989/90. Passou por vários clubes nacionais, tais como o F.C. Tirsense onde se sagrou Campeão Nacional da 2ª Liga em 1993/94. No estrangueiro teve passagens pelos: M.C. Oran da Argélia, Ethnikos Piraeus da Grécia, Al-Wahda Club e Al Raed S.C. da Arábia Saudita.
Eurico Gomes foi até os dias de hoje o único futebolista a sagrar-se Campeão Nacional pelo S.L. Benfica, Sporting C.P. e F.C. Porto.

Palmarés como jogador
6 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
2 Taças de Portugal
4 Supertaças Cândido de Oliveira
1 Taça Associação de Futebol do Porto
2 Taças Associação de Futebol de Lisboa

Palmarés como treinador
1 Campeonato Nacional da 2ª Divisão (Portugal)

14 de junho de 2009

Dorival Kniper (Yustrich)

Dorival Knipel nasceu no dia 28 de Setembro de 1917 em Corumbá no Brasil.
Ficou com o apelido Yustrich por ser muito parecido fisicamente com Elias Yustrich, guarda-redes dos argentinos do C.A. Boca Juniors.
Dorival Knipel começou a jogar futebol aos 18 anos como guardião no C.R. Flamengo clube onde permaneceu até 1944. Em seguida mudou-se para o Vasco da Gama e depois passou ainda pelo América.
Depois de deixar a carreira de jogador, Yustrich passou a treinador. Ficou conhecido por ser um técnico duro e disciplinador e não permitia que os seus jogadores fumassem, deixassem crescer a barba e usassem o cabelo comprido. Ao mesmo tempo que não suportava falta de empenho nos treinos e atrasos dos jogadores. Por tudo isso havia quem o chamava de Homão, também devido à sua postura física e aos seus 1,90m de altura.
Em 1953 foi demitido do Atlético Mineiro por o ambiente entre o técnico e os jogadores já ser insuportável.
Na temporada de 1955/56 chegou ao Futebol Clube do Porto. Logo nessa época sagrou-se Campeão Nacional e terminou com um jejum de 16 anos sem o F.C. Porto vencer o campeonato. Nessa temporada venceu também a Taça de Portugal (a primeira do F.C. Porto), no que foi a primeira dobradinha da história do clube. Foi nessa temporada que Yustrich impôs a obrigatoriedade de o emblema do clube estar sempre presente nas camisolas do seus jogadores. No final da época e numa digressão à Venezuela, Yustrich colocou em duvida a autoridade do presidente e insultou o tesoureiro (chamou-lhe estúpido e cavalo e disse que“se fosse mais homem atirava-o da janela do hotel abaixo). Foi despedido, mas em Julho 1957 regressou com o apoio do novo presidente do F.C. Porto, Paulo Pombo. Mas mesmo assim Yustrich continuava a ter problemas com alguns jogadores, entre eles Hernâni. Em 1958, no final de um jogo em que os portistas venceram o Clube Oriental por 5-0, o treinador ordenou que os seus jogadores agradecessem o apoio do público. Hernâni foi o único a não acatar as ordens do treinador por “não estar para alinhar em palhaçadas”, e os dois chegaram mesmo a confrontos físicos à entrada para os balneários (ainda por trás da baliza da superior sul do Estádio das Antas). No final dessa época Yustrich foi dispensado.
Regressou ao Brasil e ao Vasco da Gama em 1959.
Em 1964 treinou o Siderurgia de Sabará e venceu o campeonato estadual. Passou depois pelo Vila Nova e mais tarde voltou ao Atlético Mineiro onde foi por várias vezes Campeão Mineiro.
Em Dezembro de 1968, o Atlético Mineiro foi convidado a representar a Selecção do Brasil num jogo contra a Jugoslávia. O Atlético, que vestiu a camisola canarinha nesse jogo, venceu por 3-2 e Yustrich foi dessa forma treinador da Selecção brasileira por um único jogo.
No ano seguinte e ainda no comando técnico do Atlético Mineiro, venceu a Selecção do Brasil num jogo particular por 2-1. No final do jogo, mandou os seus jogadores darem a volta olímpica no relvado, o que levou os adeptos do Mineirão à loucura. No entanto mais tarde voltou a ter problemas com mais um jogador, neste caso foi com o uruguaio Cincunegui. As discussões entre o jogador e o treinador passaram a ver cada vez mais frequentes e mais ásperas, até que o jogador uruguaio apontou uma pistola a Yustrich.
Em 1970 Yustrich mudou-se para o C.R. Flamengo, e logo no jogo de estreia do Torneio de Verão goleou a equipa argentina do C.A. Independiente por 6-1. Mas os resultados dos jogos seguintes não foram os melhores e em 1971 foi demitido.
Depois ainda treinou o S.C. Corinthians e o Coritiba F.C. Em 1977 mudou-se para o Cruzeiro e foi Campeão, mas deixou no balneário a sua lei ao proibir o jogo de bilhar snooker nos estágios. Ainda quando estava ao serviço do Cruzeiro foi alvo de mais um episódio caricato e que acabou por lhe valer o afastamento de clube. No final de um jogo, um jogador do Cruzeiro deu a sua camisola a uma criança que tinha invadido o relvado e Yustrich mandou o roupeiro ir buscar a camisola do jogador. O presidente do clube não permitiu e depois de alguma confusão Yustrich foi demitido ali mesmo no relvado.
O Cruzeiro acabou por ser o ultimo clube que Dorival Yustrich treinou. Depois retirou-se por completo do mundo do futebol.
No dia 13 de Outubro de 1987 esteve no relvado do estádio das Antas antes de um jogo do F.C. Porto contra o Portimonense S.C. e foi homenageado com uma estrondosa salva de palmas. Nesse dia disse uma frase que ficou célebre: “O F.C. Porto vingou e eu fui a semente”. Mais tarde ao jantar em sua homenagem disse que “senti que regressava ao meu querido Porto”.
Dorival Knipel acabou por falecer no dia 15 de Fevereiro de 1990, mas ainda nos dias de hoje é recordado por muitos adeptos do Futebol Clube do Porto como um dos seus melhores e mais importantes treinadores.

Palmarés
2 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
1 Taça de Portugal