Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa nasceu no dia 28 de Dezembro de 1937 em Cedofeita na cidade do Porto.
Foi o quarto de seis filhos do comerciante José Alexandrino Teixeira da Costa, e Maria Elisa Bessa Lima de Amorim Pinto.
No ano em que nasceu, 1937, Carlos Teixeira Costa Junior, seu tio paterno, era o Presidente do Futebol Clube do Porto.
Quando tinha 8 anos viu pela primeira vez um jogo do F.C. Porto no Campo da Constituição contra o S.C. Braga na companhia do seu irmão José Eduardo.
Em 1947, terminou a sua instrução primária no Colégio Almeida Garrett e depois ingressou no Instituto Nun´Alvares, nas Caldas da Saúde, e foi no “Colégio das Caldinhas” que o futebol o conquistou. Defensor acérrimo do F.C. Porto, nas discussões acaloradas com os colegas oriundos do sul de Portugal, Jorge Nuno Pinto da Costa tinha como passatempo ler os jornais desportivos e era também um coleccionador da revista “Stadium”, considerada na época a melhor revista de desporto, onde encontrava os artigos sobre o F.C. Porto mas também sobre os seus ídolos de infância, António Araújo e Frederico Barrigana. Aos 13 anos de idade já era frequente a sua ida ao Estádio do Lima, casa emprestada ao F.C. Porto para realizar alguns dos seus jogos. E foi nesse recinto que viu uma das maiores vitórias dos Dragões, quando os ingleses do Arsenal F.C. foram derrotados por 3-2. No dia 28 de Maio de 1952 esteve presente na inauguração do Estádio das Antas.
Quando fez 16 anos, a sua avó materna Alice, ofereceu-lhe o cartão de sócio do F.C. Porto. Proposto por António Maria Moreira de Sousa, ficou a ser o sócio numero 26.636 e a partir desse dia passou a fazer parte da “família portista”.
O seu interesse pelo futebol não parava de aumentar e ao mesmo tempo diminuía o gosto pelos estudos e acabou por ser expulso do “Colégio das Caldinhas” devido a mau comportamento quando estava a meio do ano lectivo. Foi então para o Colégio de Lamego, uma instituição rigorosamente disciplinada que o impediu de viajar para o Porto nos fins-de-semana. Seis meses depois e já com o 5º ano concluído, regressa a casa e termina o ensino secundário no Colégio Almeida Garrett. Em 1957, com 19 anos, começou a trabalhar na secção de letras do Banco Português do Atlântico, deixando para trás os estudos e a promessa feita à sua mãe que iria tirar o curso universitário de Direito em Coimbra. Continuava sim a ser em adepto assíduo do F.C. Porto e que sempre acompanhava os azuis e brancos nas suas deslocações. Como aconteceu no dia 22 de Março de 1959, quando os portistas se deslocaram a Torres Vedras no último jogo do Campeonato Nacional de 1958/59. Os Dragões venceram o S.C.U. Torreense por 3-0 e sagram-se Campeões Nacionais. Jorge Nuno Pinto da Costa guardou o bilhete desse jogo que custou 17$50 (dezassete escudos e cinquenta centavos). A bola dessa partida histórica acabou por lhe ser oferecida por Paulo Renato Pombo, neto de Paulo Pombo (presidente dos portistas na época), quando o F.C. Porto se sagrou Penta-Campeão. Pinto da costa ainda jogou futebol, primeiro no F.C. Infesta e depois no S.C. Coimbrões, mas depressa deixou a prática da modalidade.
A paixão pelo clube não se limitava apenas aos jogos de futebol, acompanhava tudo o que dizia respeito ao F.C. Porto, desde Assembleias-gerais, ao hóquei em patins, onde não faltava a um jogo.
Corria o ano de 1962 quando foi convidado, pelo Chefe da Secção de Patinagem, para ser vogal daquela secção, aceitando desde logo o convite e passando assim a assumir responsabilidades no clube azul e branco que era liderado na época por José Maria Nascimento Cordeiro. Alguns anos depois passa a Chefe da Secção de Hóquei em Patins e de Hóquei em Campo, cargo que ocupou até ao ano de 1969. Pelo meio, entre Fevereiro de 1967 a Agosto de 1968, assumiu também a chefia da Secção de Boxe. Em Maio de 1969 o presidente portista, Afonso Pinto de Magalhães, convida-o para o cargo de Director das Relações Externas, Jorge Nuno Pinto da Costa começa por rejeitar esse convite com o argumento de que prefere continuar como seccionista, mas uns dias depois o então presidente dos Dragões acaba por o convencer a ser Director das Modalidades Amadoras, cargo que ocupou até 1971. A sua ligação ao F.C. Porto continuou e colaborou em diversas acções e chega a integrar a Comissão Pró-Pavilhão Desportivo.
Em 1976 Jorge Nuno Pinto da Costa assume o cargo de Director do Futebol. As conversações com o então presidente Américo de Sá não foram fáceis já que Pinto da Costa desde o inicio que se mostrou inflexível em aceitar o cargo. Numa dessas conversas, Américo de Sá pediu a Pinto da Costa a sua opinião sobre Albertino, um jovem futebolista que começava a dar nas vistas no Leixões S.C.. Dois dias depois o líder portista ligou a Jorge Nuno Pinto da Costa para lhe dar conhecimento que já tinha chegado a entendimento com Albertino e que no dia seguinte o jogador iria assinar contrato com os portistas. Quando esperava ver nos jornais a notícia da assinatura de Albertino pelo F.C. Porto, Pinto da Costa ficou espantado ao ler a notícia da transferência, mas para o Boavista F.C.. Nessa época, Pinto da Costa frequentava o Café Orfeu onde se encontrava com um grupo de amigos, que eram: José Maria Pedroto, treinador boavisteiro; Hernâni Gonçalves, preparador físico dos axadrezados; José António Pinto de Sousa, seu amigo de infância, e o então Capitão Valentim Loureiro, ambos dirigentes do emblema do Bessa; e os jornalistas Nuno Brás, José Saraiva e Serafim Ferreira. Tal como previa a conversa dessa noite, em tom de gozo, foi a aquisição de Albertino pelo Boavista F.C. e a forma como o F.C. Porto perdeu um jogador que tinha deixado as Antas na noite anterior praticamente como jogador azul e branco. Pinto da Costa manteve-se sempre em silêncio, e na despedida, quando questionado por Hernâni Gonçalves, apenas respondeu: “Largos dias têm cem anos.” Nessa noite pensou em tudo o que se tinha passado nesses dias, na conversa com Américo de Sá, na contratação falhada de Albertino e no gozo da conversa da noite anterior.
Na manhã seguinte ao ler os jornais, vê uma declaração de Valentim Loureiro em que este falava da contratação de Albertino, e da então falada ambição dos Dragões em contratar José Maria Pedroto. O dirigente boavisteiro aproveita para garantir que enquanto Américo de Sá for presidente, nunca o F.C. Porto levará a melhor sobre o Boavista F.C.. Todos esses acontecimentos e principalmente essa entrevista de Valentim Loureiro, desfizeram as dúvidas que Jorge Nuno Pinto da Costa tinha em aceitar o convite que Américo de Sá lhe tinha feito e logo na manhã seguinte, ao pequeno-almoço, apresenta as suas condições para ser o Director do Futebol. Dessas condições as três principais foram: liberdade para escolher a equipa técnica; liberdade para, com o treinador, escolher os jogadores a contratar, dependendo do orçamento a definir; que os assuntos de futebol sé seriam discutidos entre si, o presidente e não em plenário de Direcção. Dessa última condição, ficou acordado que os assuntos ligados ao futebol não seriam discutidos em plenário, mas sim num núcleo duro de cinco pessoas que estariam por dentro de todas as situações. Para além do presidente Américo de Sá e Pinto da Costa, integram o grupo o Vice-Presidente Administrativo Alfredo Clemente, o Tesoureiro Alfredo Basto, e o Secretário-Geral Júlio Santos. Como Jorge Nuno Pinto da Costa conhecia bem todos eles e tinha conhecimento da sua lealdade e portismo, não teve dificuldade em aceitar. Na noite desse mesmo dia reuniram-se os cinco em Mindelo, na Rua 110, onde Pinto da Costa falou sobre o que tinha planeado, o que foi aceite por todos. No dia seguinte combina um encontro com José Maria Pedroto para lhe perguntar se quer ser treinador do F.C. Porto. Ao que o técnico respondeu: “Você sabe que foi sempre meu sonho voltar ao Porto. Se você for, eu vou!”.
Dois dias depois, de novo em Mindelo, na Rua 110, na presença do Presidente Américo de Sá e do Tesoureiro Alfredo Basto, ficou tudo acordado e decidido entre todos que nada poderia passar para o exterior até terminar a temporada.
O contrato de Pedroto com o F.C. Porto é assinado no dia 23 de Junho de 1976 em casa de Jorge Nuno Pinto da Costa e finalmente é dada publicidade à sua mudança do Boavista F.C. para o F.C. Porto.
Com Jorge Nuno Pinto da Costa como Director do Futebol, os portistas conquistam a Taça de Portugal na época de 1976/77, nove anos depois da última vitória nessa competição. Em 1977/78 e dezanove anos depois, os Dragões sagram-se Campeões Nacionais título que voltam a vencer na época seguinte.
Em 1980 e depois de algumas divergências com o Presidente Américo de Sá, Jorge Nuno Pinto da Costa decide não continuar como Director do Futebol e deixa a Direcção portista, juntamente com José Maria Pedroto e toda a sua equipa técnica.
Em Dezembro de 1981, o Engenheiro Armando Pimentel e Álvaro Pinto, convidam Pinto da Costa para uma reunião de reflexão sobre o momento que atravessava o F.C. Porto, juntamente com outros sócios portistas, como: Sardoeira Pinto, Eduardo Poças, Júlio Marques, Engenheiro Nunes da Silva e Eduardo Pinelas, entre outros. Apesar de nunca se terem encontrado antes para conversar, depressa constataram que tinham bastantes ideias em comum e elaboram um programa subordinado a uma ideia mestra: “Devolver o clube aos sócios”. Essa ideia passava pela formação de uma lista concorrente às futuras eleições. Fica também definido que que só depois de o Programa estar elaborado pensariam em alguém para encabeçar a lista.
Deram depois início a “Sessões de Esclarecimento” onde cada vez mais recebiam o apoio de muitos portistas. Iniciaram essas sessões na sede dos “Passarinhos da Ribeira” mas não tardou que grupos de portistas de várias localidades passassem a reclamar a sua presença e assim viram-se forçados a visitar diferentes terras. Rio Tinto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Santa Maria da Feira, Vila Meã, Marco de Canaveses, e Vizela, foram alguns dos locais visitados onde sempre estavam salões e teatros repletos que recebiam a comitiva com grande entusiasmo.
Já no ano de 1982 fica decidido que Sardoeira Pinto seria o homem escolhido para Presidente da Assembleia Geral. Antigo jornalista e advogado, era ele quem encerrava as sessões, contagiando a multidão com os seus discursos entusiásticos.
Fica assim conhecido o primeiro homem a ocupar um cargo da lista. Agora faltava encontrar um presidente.
Uma certa noite, Armando Pimentel dá a conhecer a Jorge Nuno Pinto da Costa que o grupo gostaria de o ver a encabeçar a lista e que esse é também o desejo da maioria dos sócios portistas. Pinto da Costa não aceita mas admite integrar a lista, caso o futuro presidente assim o deseje. Para esse cargo, Jorge Nuno Pinto da Costa pensa no seu amigo Neca Couto, um prestigiado industrial de Santa Maria de Lamas e fica combinado um jantar entre os dois e mais quatro elementos da lista, só que o jantar acabou por ser apenas entre Pinto da Costa e Manuel Francisco do Couto. A conversa entre os dois amigos estende-se pelo jantar fora, mas sobre o F.C. Porto nenhum dos dois fala. Já o café estava na mesa, quando Manuel Couto pergunta: “Oh Jorge, você vem convidar-me para Presidente, Não é?”. Pinto da Costa confirma e Manuel Couto continua: “Então Você não vê que o clube não precisa da minha carteira, mas sim da sua cabeça? Conte comigo, mas os sócios e o seu grupo só o querem a si!”.
Depois desse encontro, Jorge Nuno Pinto da Costa aborda vários possíveis candidatos, mas todos lhe dão a mesma resposta: “Apoio, mas tem de ser você o candidato a Presidente!”.
Dessa forma vê-se na obrigação de aceitar o desafio de ser ele o candidato. Começa desde logo por apresentar os objectivos caso seja eleito: Contratar para treinador José Maria Pedroto; rebaixar o Estádio das Antas, aumentando-lhe a capacidade em mais de vinte mil lugares; reforçar a equipa de futebol com os internacionais Eurico, Inácio e fazer regressar Gomes ; lutar por uma presença constante nas provas da UEFA, e procurar chegar a uma final europeia; vencer o Campeonato Nacional de Hóquei em Patins (nunca até então alcançado); substituir o jornal “O Porto” por uma revista mensal de grande qualidade; inserir publicidade nas camisolas; criar uma sala de Bingo.
Essas propostas foram acolhidas por unanimidade.
No dia 17 de Abril de 1982 efectua-se o acto eleitoral a que só concorre a lista B, encabeçada por Jorge Nuno Pinto da Costa. A lista A, que era presidida por Afonso Pinto de Magalhães com Vieira de Carvalho como Presidente da Assembleia Geral, acabou por desistir dias antes com todos os seus dirigentes a declararem total apoio a Pinto da Costa.
No dia 23 de Abril de 1982, Jorge Nuno Pinto da Costa é declarado Presidente do Futebol Clube do Porto.
Os objectivos que propôs começaram a ser cumpridos. José Maria Pedroto regressou para assumir o cargo de treinador. Eurico e Inácio foram contratados e Gomes voltou para ser o goleador da equipa.
Na temporada de 1982/83 a equipa de Hóquei em Patins vence o Campeonato Nacional e conquista a Taça das Taças. Foi a primeira prova europeia que o F.C. Porto ganhou.
Ainda nessa temporada de 1982/83, a equipa de Futebol vence a Supertaça Cândido de Oliveira, ao derrotar em Lisboa o S.L. Benfica por 2-1, depois de um empate a zero no Estádio das Antas. Ainda nessa época, o F.C. Porto ganhou a Taça de Portugal ao vencer o Rio Ave F.C. na final no Estádio do Jamor por 4-1.
Foi também nessa temporada que Pinto da Costa viu mais um dos seus objectivos cumpridos. Apenas dois anos depois de ser eleito Presidente a equipa de Futebol chega a uma final da UEFA, no caso a Taça dos Clubes Vencedores das Taças, que disputou com a Juventus F.C., tendo os italianos vencido por 2-1, no entanto os Dragões, no final do jogo, foram tão aplaudidos como os italianos, e a Europa fixava os olhos no F.C. Porto.
Em 1984/85 os Dragões sagram-se Campeões Nacionais de futebol, o primeiro Campeonato Nacional que Pinto da Costa festeja.
Nos anos seguintes Jorge Nuno Pinto da Costa viu as várias modalidades dos Dragões a conquistar campeonatos e Taças.
Na época de 1985/86 o Hóquei em Patins sagra-se Campeão Europeu ao vencer na final a duas mãos o Hockey de Novara. Primeiro no Pavilhão das Antas por 5-3 e depois em Itália por 7-5.
Em 1986, outro objectivo da sua candidatura é cumprido. A meio do ano começam as obras de rebaixamento do Estádio das Antas para aumentar vinte mil lugares. No dia 17 de Dezembro desse mesmo ano é inaugurada anotável obra, com um jogo entre o F.C. Porto e o S.L. Benfica, que os portistas venceram no desempate por penaltis.
O ano de 1987 trouxe grandes conquistas e vitórias históricas.
Em maio, a equipa de Futebol vence a Taça dos Clubes Campeões Europeus ao derrotar os alemães do F.C. Bayern Munique no Estádio do Prater em Viena, já em Dezembro, os azuis e brancos conquistam a Taça Intercontinental depois de vencer os uruguaios do C.A. Peñarol por 2-1 no prolongamento.
O ano seguinte continuou com alegrias e vitórias. Logo a abrir aconteceu a conquista da Supertaça Europeia, com os Dragões a superiorizarem-se ao F.C. Ajax nos dois jogos por 1-0.
No dia 7 de Fevereiro desse mesmo ano, no Palácio de Belém, na sala Luís XV, o Presidente da República, Dr. Mário Soares, coloca no estandarte do F.C. Porto a comenda de Membro Honorário da Ordem de Mérito.
Durante a década de noventa, Pinto da Costa vê o F.C. Porto a continuar a aumentar o seu palmarés.
Na temporada de 1989/90 o Hóquei em Patins voltou a fazer história ao vencer pela segunda vez a Taça dos Clubes Campeões Europeus. Os portistas defrontaram os espanhóis do C.E. Noia e venceram os dois jogos da final. O primeiro por 6-0, disputado no Pavilhão das Antas, e o segundo realizado na Catalunha por 5-2.
O Hóquei em Patins deu mais dois títulos europeus a Pinto da Costa, com a conquista da Taça CERS nas temporadas de 1993/94 e 1995/96.
Em 1996, no dia 18 de Setembro, os Dragões jogam a 2ª mão da Supertaça Cândido de Oliveira no Estádio da Luz com a vantagem de 1-0, trazida do jogo da 1ª mão disputado no Estádio das Antas. Em Lisboa os jogadores portistas proporcionam aos adeptos benfiquistas uma noite de gala como nunca tinham visto. O F.C. Porto vence por 5-0 numa exibição histórica.
No dia 12 de Abril de 1999, o Andebol conquista o título de Campeão Nacional, o primeiro com Jorge Nuno Pinto da Costa como Presidente.
Ainda durante a década de noventa, os Dragões vencem por sete vezes o Campeonato Nacional de Futebol, com as cinco vitórias consecutivas entre 1994 a 1999 o F.C. Porto torna-se o único Penta-Campeão da história do futebol nacional.
No dia 5 de Agosto de 2002 é inaugurado o Centro de Treinos e Formação Desportiva Porto/Gaia. Um complexo desportivo que há muito tempo era desejado pela direcção de Pinto da costa.
No ano seguinte, no dia 16 de Novembro, é inaugurado o Estádio do Dragão. A nova casa do F.C. Porto. Uma obra que tinha sido iniciada em Julho de 2001 e que nessa data estava pronta para receber o F.C. Barcelona na partida inaugural que os Dragões venceram por 2-0, dando ainda mais brilho a uma noite em que a emoção parecia transbordar de cada uma das estrelas do firmamento.
Em 2002/03, os portistas voltam a estar presentes numa final europeia, a Taça UEFA. F.C. Porto e Celtic F.C. medem forças na final disputada em Sevilha. Os Dragões conquistam o troféu depois de uma vitória por 3-2 alcançada já no prolongamento.
Nessa temporada, e com José Mourinho como treinador, os azuis e brancos conquistam todos os troféus que disputaram e à Taça UEFA juntam a Taça de Portugal e o título de Campeão Nacional.
Na temporada seguinte os Dragões voltam a conquistar a Taça de Portugal e a vencer o título de Campeão Nacional, já depois de terem vencido a Supertaça Cândido de Oliveira. Mas a cereja no topo do bolo foi a vitória na Liga dos Campeões, em Maio de 2004, quando os portistas derrotaram o A.S. Mónaco na final em Gelsenkirchen, na Alemanha, por 3-0.
Ainda nesse ano de 2004 continuaram as conquistas internacionais com o triunfo, pela segunda vez na sua história, da Taça Intercontinental, o que fez com que o F.C. Porto se sagra-se Campeão do Mundo de Clubes.
No dia 31 de Outubro de 2007 começaram as obras de construção do Pavilhão do F.C. Porto, que estava concluído no dia 23 de Abril de 2008 para a festa de inauguração.
Na época de 2010/11, e sob o comando técnico de André Villas-Boas, de novo os futebolistas azuis e brancos voltam a estar presentes numa final das competições europeias. Foi uma final inédita, já que o F.C. Porto defrontou o S.C. Braga. Nunca antes tinham estado duas equipas portuguesas numa final europeia, nem tão pouco duas equipas separadas geograficamente por 40 quilómetros. Os portistas venceram o encontro disputado em Dublin por 1-0 e trouxeram, pela segunda vez na história do clube, a Taça UEFA para a cidade Invicta.
Em 2016/17, Jorge Nuno Pinto da Costa vê o F.C. Porto a conquistar outro título europeu, desta vez foi o Bilhar que na categoria de bilhar às três tabelas conquistou o Campeonato da Europa de Clubes.
Depois de muitos anos, o Hóquei em Patins voltou às conquistas internacionais com a vitória na Taça Intercontinental de 2021, seguindo-se a Liga dos Campeões e a Taça Continental em 2023.
No Futebol e com Sérgio Conceição como treinador desde a temporada de 2017/18, Pinto da Costa voltou a ver o F.C. Porto a vencer Campeonatos Nacionais, Taças de Portugal, Supertaças e a Taça de Liga. Apesar dessas conquistas o rendimento desportivo da equipa deminuiu, que associado à situação económica cada vez mais debilitada, criou apreensão e contestação entre os adeptos azuis e brancos.
No dia 27 de Abril de 2024, naquelas que foram as eleições mais concorridas da história do F.C. Porto, Pinto da Costa acabou derrotado e André Villas-Boas foi eleito o novo presidente portista.
Jorge Nuno Pinto da Costa foi Presidente do F.C. Porto durante 42 anos, num total de 15 mandatos. Venceu 2.585 troféus em 21 modalidades (68 dos quais no futebol).
Em todo o mundo, nunca nenhum Presidente de algum clube conquistou mais títulos.
Transformou o F.C. Porto de um clube regional, para um clube de nível mundial.
Jorge Nuno Pinto da Costa é verdadeiramente um homem de excepção. Na família do futebol, o seu carisma, a sua personalidade poderosa e a sua singular argúcia geraram controvérsia, mas, acima de tudo, uma enorme admiração.
O F.C. Porto sempre foi a sua prioridade.
Foi o quarto de seis filhos do comerciante José Alexandrino Teixeira da Costa, e Maria Elisa Bessa Lima de Amorim Pinto.
No ano em que nasceu, 1937, Carlos Teixeira Costa Junior, seu tio paterno, era o Presidente do Futebol Clube do Porto.
Quando tinha 8 anos viu pela primeira vez um jogo do F.C. Porto no Campo da Constituição contra o S.C. Braga na companhia do seu irmão José Eduardo.
Em 1947, terminou a sua instrução primária no Colégio Almeida Garrett e depois ingressou no Instituto Nun´Alvares, nas Caldas da Saúde, e foi no “Colégio das Caldinhas” que o futebol o conquistou. Defensor acérrimo do F.C. Porto, nas discussões acaloradas com os colegas oriundos do sul de Portugal, Jorge Nuno Pinto da Costa tinha como passatempo ler os jornais desportivos e era também um coleccionador da revista “Stadium”, considerada na época a melhor revista de desporto, onde encontrava os artigos sobre o F.C. Porto mas também sobre os seus ídolos de infância, António Araújo e Frederico Barrigana. Aos 13 anos de idade já era frequente a sua ida ao Estádio do Lima, casa emprestada ao F.C. Porto para realizar alguns dos seus jogos. E foi nesse recinto que viu uma das maiores vitórias dos Dragões, quando os ingleses do Arsenal F.C. foram derrotados por 3-2. No dia 28 de Maio de 1952 esteve presente na inauguração do Estádio das Antas.
Quando fez 16 anos, a sua avó materna Alice, ofereceu-lhe o cartão de sócio do F.C. Porto. Proposto por António Maria Moreira de Sousa, ficou a ser o sócio numero 26.636 e a partir desse dia passou a fazer parte da “família portista”.
O seu interesse pelo futebol não parava de aumentar e ao mesmo tempo diminuía o gosto pelos estudos e acabou por ser expulso do “Colégio das Caldinhas” devido a mau comportamento quando estava a meio do ano lectivo. Foi então para o Colégio de Lamego, uma instituição rigorosamente disciplinada que o impediu de viajar para o Porto nos fins-de-semana. Seis meses depois e já com o 5º ano concluído, regressa a casa e termina o ensino secundário no Colégio Almeida Garrett. Em 1957, com 19 anos, começou a trabalhar na secção de letras do Banco Português do Atlântico, deixando para trás os estudos e a promessa feita à sua mãe que iria tirar o curso universitário de Direito em Coimbra. Continuava sim a ser em adepto assíduo do F.C. Porto e que sempre acompanhava os azuis e brancos nas suas deslocações. Como aconteceu no dia 22 de Março de 1959, quando os portistas se deslocaram a Torres Vedras no último jogo do Campeonato Nacional de 1958/59. Os Dragões venceram o S.C.U. Torreense por 3-0 e sagram-se Campeões Nacionais. Jorge Nuno Pinto da Costa guardou o bilhete desse jogo que custou 17$50 (dezassete escudos e cinquenta centavos). A bola dessa partida histórica acabou por lhe ser oferecida por Paulo Renato Pombo, neto de Paulo Pombo (presidente dos portistas na época), quando o F.C. Porto se sagrou Penta-Campeão. Pinto da costa ainda jogou futebol, primeiro no F.C. Infesta e depois no S.C. Coimbrões, mas depressa deixou a prática da modalidade.
A paixão pelo clube não se limitava apenas aos jogos de futebol, acompanhava tudo o que dizia respeito ao F.C. Porto, desde Assembleias-gerais, ao hóquei em patins, onde não faltava a um jogo.
Corria o ano de 1962 quando foi convidado, pelo Chefe da Secção de Patinagem, para ser vogal daquela secção, aceitando desde logo o convite e passando assim a assumir responsabilidades no clube azul e branco que era liderado na época por José Maria Nascimento Cordeiro. Alguns anos depois passa a Chefe da Secção de Hóquei em Patins e de Hóquei em Campo, cargo que ocupou até ao ano de 1969. Pelo meio, entre Fevereiro de 1967 a Agosto de 1968, assumiu também a chefia da Secção de Boxe. Em Maio de 1969 o presidente portista, Afonso Pinto de Magalhães, convida-o para o cargo de Director das Relações Externas, Jorge Nuno Pinto da Costa começa por rejeitar esse convite com o argumento de que prefere continuar como seccionista, mas uns dias depois o então presidente dos Dragões acaba por o convencer a ser Director das Modalidades Amadoras, cargo que ocupou até 1971. A sua ligação ao F.C. Porto continuou e colaborou em diversas acções e chega a integrar a Comissão Pró-Pavilhão Desportivo.
Em 1976 Jorge Nuno Pinto da Costa assume o cargo de Director do Futebol. As conversações com o então presidente Américo de Sá não foram fáceis já que Pinto da Costa desde o inicio que se mostrou inflexível em aceitar o cargo. Numa dessas conversas, Américo de Sá pediu a Pinto da Costa a sua opinião sobre Albertino, um jovem futebolista que começava a dar nas vistas no Leixões S.C.. Dois dias depois o líder portista ligou a Jorge Nuno Pinto da Costa para lhe dar conhecimento que já tinha chegado a entendimento com Albertino e que no dia seguinte o jogador iria assinar contrato com os portistas. Quando esperava ver nos jornais a notícia da assinatura de Albertino pelo F.C. Porto, Pinto da Costa ficou espantado ao ler a notícia da transferência, mas para o Boavista F.C.. Nessa época, Pinto da Costa frequentava o Café Orfeu onde se encontrava com um grupo de amigos, que eram: José Maria Pedroto, treinador boavisteiro; Hernâni Gonçalves, preparador físico dos axadrezados; José António Pinto de Sousa, seu amigo de infância, e o então Capitão Valentim Loureiro, ambos dirigentes do emblema do Bessa; e os jornalistas Nuno Brás, José Saraiva e Serafim Ferreira. Tal como previa a conversa dessa noite, em tom de gozo, foi a aquisição de Albertino pelo Boavista F.C. e a forma como o F.C. Porto perdeu um jogador que tinha deixado as Antas na noite anterior praticamente como jogador azul e branco. Pinto da Costa manteve-se sempre em silêncio, e na despedida, quando questionado por Hernâni Gonçalves, apenas respondeu: “Largos dias têm cem anos.” Nessa noite pensou em tudo o que se tinha passado nesses dias, na conversa com Américo de Sá, na contratação falhada de Albertino e no gozo da conversa da noite anterior.
Na manhã seguinte ao ler os jornais, vê uma declaração de Valentim Loureiro em que este falava da contratação de Albertino, e da então falada ambição dos Dragões em contratar José Maria Pedroto. O dirigente boavisteiro aproveita para garantir que enquanto Américo de Sá for presidente, nunca o F.C. Porto levará a melhor sobre o Boavista F.C.. Todos esses acontecimentos e principalmente essa entrevista de Valentim Loureiro, desfizeram as dúvidas que Jorge Nuno Pinto da Costa tinha em aceitar o convite que Américo de Sá lhe tinha feito e logo na manhã seguinte, ao pequeno-almoço, apresenta as suas condições para ser o Director do Futebol. Dessas condições as três principais foram: liberdade para escolher a equipa técnica; liberdade para, com o treinador, escolher os jogadores a contratar, dependendo do orçamento a definir; que os assuntos de futebol sé seriam discutidos entre si, o presidente e não em plenário de Direcção. Dessa última condição, ficou acordado que os assuntos ligados ao futebol não seriam discutidos em plenário, mas sim num núcleo duro de cinco pessoas que estariam por dentro de todas as situações. Para além do presidente Américo de Sá e Pinto da Costa, integram o grupo o Vice-Presidente Administrativo Alfredo Clemente, o Tesoureiro Alfredo Basto, e o Secretário-Geral Júlio Santos. Como Jorge Nuno Pinto da Costa conhecia bem todos eles e tinha conhecimento da sua lealdade e portismo, não teve dificuldade em aceitar. Na noite desse mesmo dia reuniram-se os cinco em Mindelo, na Rua 110, onde Pinto da Costa falou sobre o que tinha planeado, o que foi aceite por todos. No dia seguinte combina um encontro com José Maria Pedroto para lhe perguntar se quer ser treinador do F.C. Porto. Ao que o técnico respondeu: “Você sabe que foi sempre meu sonho voltar ao Porto. Se você for, eu vou!”.
Dois dias depois, de novo em Mindelo, na Rua 110, na presença do Presidente Américo de Sá e do Tesoureiro Alfredo Basto, ficou tudo acordado e decidido entre todos que nada poderia passar para o exterior até terminar a temporada.
O contrato de Pedroto com o F.C. Porto é assinado no dia 23 de Junho de 1976 em casa de Jorge Nuno Pinto da Costa e finalmente é dada publicidade à sua mudança do Boavista F.C. para o F.C. Porto.
Com Jorge Nuno Pinto da Costa como Director do Futebol, os portistas conquistam a Taça de Portugal na época de 1976/77, nove anos depois da última vitória nessa competição. Em 1977/78 e dezanove anos depois, os Dragões sagram-se Campeões Nacionais título que voltam a vencer na época seguinte.
Em 1980 e depois de algumas divergências com o Presidente Américo de Sá, Jorge Nuno Pinto da Costa decide não continuar como Director do Futebol e deixa a Direcção portista, juntamente com José Maria Pedroto e toda a sua equipa técnica.
Em Dezembro de 1981, o Engenheiro Armando Pimentel e Álvaro Pinto, convidam Pinto da Costa para uma reunião de reflexão sobre o momento que atravessava o F.C. Porto, juntamente com outros sócios portistas, como: Sardoeira Pinto, Eduardo Poças, Júlio Marques, Engenheiro Nunes da Silva e Eduardo Pinelas, entre outros. Apesar de nunca se terem encontrado antes para conversar, depressa constataram que tinham bastantes ideias em comum e elaboram um programa subordinado a uma ideia mestra: “Devolver o clube aos sócios”. Essa ideia passava pela formação de uma lista concorrente às futuras eleições. Fica também definido que que só depois de o Programa estar elaborado pensariam em alguém para encabeçar a lista.
Deram depois início a “Sessões de Esclarecimento” onde cada vez mais recebiam o apoio de muitos portistas. Iniciaram essas sessões na sede dos “Passarinhos da Ribeira” mas não tardou que grupos de portistas de várias localidades passassem a reclamar a sua presença e assim viram-se forçados a visitar diferentes terras. Rio Tinto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Santa Maria da Feira, Vila Meã, Marco de Canaveses, e Vizela, foram alguns dos locais visitados onde sempre estavam salões e teatros repletos que recebiam a comitiva com grande entusiasmo.
Já no ano de 1982 fica decidido que Sardoeira Pinto seria o homem escolhido para Presidente da Assembleia Geral. Antigo jornalista e advogado, era ele quem encerrava as sessões, contagiando a multidão com os seus discursos entusiásticos.
Fica assim conhecido o primeiro homem a ocupar um cargo da lista. Agora faltava encontrar um presidente.
Uma certa noite, Armando Pimentel dá a conhecer a Jorge Nuno Pinto da Costa que o grupo gostaria de o ver a encabeçar a lista e que esse é também o desejo da maioria dos sócios portistas. Pinto da Costa não aceita mas admite integrar a lista, caso o futuro presidente assim o deseje. Para esse cargo, Jorge Nuno Pinto da Costa pensa no seu amigo Neca Couto, um prestigiado industrial de Santa Maria de Lamas e fica combinado um jantar entre os dois e mais quatro elementos da lista, só que o jantar acabou por ser apenas entre Pinto da Costa e Manuel Francisco do Couto. A conversa entre os dois amigos estende-se pelo jantar fora, mas sobre o F.C. Porto nenhum dos dois fala. Já o café estava na mesa, quando Manuel Couto pergunta: “Oh Jorge, você vem convidar-me para Presidente, Não é?”. Pinto da Costa confirma e Manuel Couto continua: “Então Você não vê que o clube não precisa da minha carteira, mas sim da sua cabeça? Conte comigo, mas os sócios e o seu grupo só o querem a si!”.
Depois desse encontro, Jorge Nuno Pinto da Costa aborda vários possíveis candidatos, mas todos lhe dão a mesma resposta: “Apoio, mas tem de ser você o candidato a Presidente!”.
Dessa forma vê-se na obrigação de aceitar o desafio de ser ele o candidato. Começa desde logo por apresentar os objectivos caso seja eleito: Contratar para treinador José Maria Pedroto; rebaixar o Estádio das Antas, aumentando-lhe a capacidade em mais de vinte mil lugares; reforçar a equipa de futebol com os internacionais Eurico, Inácio e fazer regressar Gomes ; lutar por uma presença constante nas provas da UEFA, e procurar chegar a uma final europeia; vencer o Campeonato Nacional de Hóquei em Patins (nunca até então alcançado); substituir o jornal “O Porto” por uma revista mensal de grande qualidade; inserir publicidade nas camisolas; criar uma sala de Bingo.
Essas propostas foram acolhidas por unanimidade.
No dia 17 de Abril de 1982 efectua-se o acto eleitoral a que só concorre a lista B, encabeçada por Jorge Nuno Pinto da Costa. A lista A, que era presidida por Afonso Pinto de Magalhães com Vieira de Carvalho como Presidente da Assembleia Geral, acabou por desistir dias antes com todos os seus dirigentes a declararem total apoio a Pinto da Costa.
No dia 23 de Abril de 1982, Jorge Nuno Pinto da Costa é declarado Presidente do Futebol Clube do Porto.
Os objectivos que propôs começaram a ser cumpridos. José Maria Pedroto regressou para assumir o cargo de treinador. Eurico e Inácio foram contratados e Gomes voltou para ser o goleador da equipa.
Na temporada de 1982/83 a equipa de Hóquei em Patins vence o Campeonato Nacional e conquista a Taça das Taças. Foi a primeira prova europeia que o F.C. Porto ganhou.
Ainda nessa temporada de 1982/83, a equipa de Futebol vence a Supertaça Cândido de Oliveira, ao derrotar em Lisboa o S.L. Benfica por 2-1, depois de um empate a zero no Estádio das Antas. Ainda nessa época, o F.C. Porto ganhou a Taça de Portugal ao vencer o Rio Ave F.C. na final no Estádio do Jamor por 4-1.
Foi também nessa temporada que Pinto da Costa viu mais um dos seus objectivos cumpridos. Apenas dois anos depois de ser eleito Presidente a equipa de Futebol chega a uma final da UEFA, no caso a Taça dos Clubes Vencedores das Taças, que disputou com a Juventus F.C., tendo os italianos vencido por 2-1, no entanto os Dragões, no final do jogo, foram tão aplaudidos como os italianos, e a Europa fixava os olhos no F.C. Porto.
Em 1984/85 os Dragões sagram-se Campeões Nacionais de futebol, o primeiro Campeonato Nacional que Pinto da Costa festeja.
Nos anos seguintes Jorge Nuno Pinto da Costa viu as várias modalidades dos Dragões a conquistar campeonatos e Taças.
Na época de 1985/86 o Hóquei em Patins sagra-se Campeão Europeu ao vencer na final a duas mãos o Hockey de Novara. Primeiro no Pavilhão das Antas por 5-3 e depois em Itália por 7-5.
Em 1986, outro objectivo da sua candidatura é cumprido. A meio do ano começam as obras de rebaixamento do Estádio das Antas para aumentar vinte mil lugares. No dia 17 de Dezembro desse mesmo ano é inaugurada anotável obra, com um jogo entre o F.C. Porto e o S.L. Benfica, que os portistas venceram no desempate por penaltis.
O ano de 1987 trouxe grandes conquistas e vitórias históricas.
Em maio, a equipa de Futebol vence a Taça dos Clubes Campeões Europeus ao derrotar os alemães do F.C. Bayern Munique no Estádio do Prater em Viena, já em Dezembro, os azuis e brancos conquistam a Taça Intercontinental depois de vencer os uruguaios do C.A. Peñarol por 2-1 no prolongamento.
O ano seguinte continuou com alegrias e vitórias. Logo a abrir aconteceu a conquista da Supertaça Europeia, com os Dragões a superiorizarem-se ao F.C. Ajax nos dois jogos por 1-0.
No dia 7 de Fevereiro desse mesmo ano, no Palácio de Belém, na sala Luís XV, o Presidente da República, Dr. Mário Soares, coloca no estandarte do F.C. Porto a comenda de Membro Honorário da Ordem de Mérito.
Durante a década de noventa, Pinto da Costa vê o F.C. Porto a continuar a aumentar o seu palmarés.
Na temporada de 1989/90 o Hóquei em Patins voltou a fazer história ao vencer pela segunda vez a Taça dos Clubes Campeões Europeus. Os portistas defrontaram os espanhóis do C.E. Noia e venceram os dois jogos da final. O primeiro por 6-0, disputado no Pavilhão das Antas, e o segundo realizado na Catalunha por 5-2.
O Hóquei em Patins deu mais dois títulos europeus a Pinto da Costa, com a conquista da Taça CERS nas temporadas de 1993/94 e 1995/96.
Em 1996, no dia 18 de Setembro, os Dragões jogam a 2ª mão da Supertaça Cândido de Oliveira no Estádio da Luz com a vantagem de 1-0, trazida do jogo da 1ª mão disputado no Estádio das Antas. Em Lisboa os jogadores portistas proporcionam aos adeptos benfiquistas uma noite de gala como nunca tinham visto. O F.C. Porto vence por 5-0 numa exibição histórica.
No dia 12 de Abril de 1999, o Andebol conquista o título de Campeão Nacional, o primeiro com Jorge Nuno Pinto da Costa como Presidente.
Ainda durante a década de noventa, os Dragões vencem por sete vezes o Campeonato Nacional de Futebol, com as cinco vitórias consecutivas entre 1994 a 1999 o F.C. Porto torna-se o único Penta-Campeão da história do futebol nacional.
No dia 5 de Agosto de 2002 é inaugurado o Centro de Treinos e Formação Desportiva Porto/Gaia. Um complexo desportivo que há muito tempo era desejado pela direcção de Pinto da costa.
No ano seguinte, no dia 16 de Novembro, é inaugurado o Estádio do Dragão. A nova casa do F.C. Porto. Uma obra que tinha sido iniciada em Julho de 2001 e que nessa data estava pronta para receber o F.C. Barcelona na partida inaugural que os Dragões venceram por 2-0, dando ainda mais brilho a uma noite em que a emoção parecia transbordar de cada uma das estrelas do firmamento.
Em 2002/03, os portistas voltam a estar presentes numa final europeia, a Taça UEFA. F.C. Porto e Celtic F.C. medem forças na final disputada em Sevilha. Os Dragões conquistam o troféu depois de uma vitória por 3-2 alcançada já no prolongamento.
Nessa temporada, e com José Mourinho como treinador, os azuis e brancos conquistam todos os troféus que disputaram e à Taça UEFA juntam a Taça de Portugal e o título de Campeão Nacional.
Na temporada seguinte os Dragões voltam a conquistar a Taça de Portugal e a vencer o título de Campeão Nacional, já depois de terem vencido a Supertaça Cândido de Oliveira. Mas a cereja no topo do bolo foi a vitória na Liga dos Campeões, em Maio de 2004, quando os portistas derrotaram o A.S. Mónaco na final em Gelsenkirchen, na Alemanha, por 3-0.
Ainda nesse ano de 2004 continuaram as conquistas internacionais com o triunfo, pela segunda vez na sua história, da Taça Intercontinental, o que fez com que o F.C. Porto se sagra-se Campeão do Mundo de Clubes.
No dia 31 de Outubro de 2007 começaram as obras de construção do Pavilhão do F.C. Porto, que estava concluído no dia 23 de Abril de 2008 para a festa de inauguração.
Na época de 2010/11, e sob o comando técnico de André Villas-Boas, de novo os futebolistas azuis e brancos voltam a estar presentes numa final das competições europeias. Foi uma final inédita, já que o F.C. Porto defrontou o S.C. Braga. Nunca antes tinham estado duas equipas portuguesas numa final europeia, nem tão pouco duas equipas separadas geograficamente por 40 quilómetros. Os portistas venceram o encontro disputado em Dublin por 1-0 e trouxeram, pela segunda vez na história do clube, a Taça UEFA para a cidade Invicta.
Em 2016/17, Jorge Nuno Pinto da Costa vê o F.C. Porto a conquistar outro título europeu, desta vez foi o Bilhar que na categoria de bilhar às três tabelas conquistou o Campeonato da Europa de Clubes.
Depois de muitos anos, o Hóquei em Patins voltou às conquistas internacionais com a vitória na Taça Intercontinental de 2021, seguindo-se a Liga dos Campeões e a Taça Continental em 2023.
No Futebol e com Sérgio Conceição como treinador desde a temporada de 2017/18, Pinto da Costa voltou a ver o F.C. Porto a vencer Campeonatos Nacionais, Taças de Portugal, Supertaças e a Taça de Liga. Apesar dessas conquistas o rendimento desportivo da equipa deminuiu, que associado à situação económica cada vez mais debilitada, criou apreensão e contestação entre os adeptos azuis e brancos.
No dia 27 de Abril de 2024, naquelas que foram as eleições mais concorridas da história do F.C. Porto, Pinto da Costa acabou derrotado e André Villas-Boas foi eleito o novo presidente portista.
Jorge Nuno Pinto da Costa foi Presidente do F.C. Porto durante 42 anos, num total de 15 mandatos. Venceu 2.585 troféus em 21 modalidades (68 dos quais no futebol).
Em todo o mundo, nunca nenhum Presidente de algum clube conquistou mais títulos.
Transformou o F.C. Porto de um clube regional, para um clube de nível mundial.
Jorge Nuno Pinto da Costa é verdadeiramente um homem de excepção. Na família do futebol, o seu carisma, a sua personalidade poderosa e a sua singular argúcia geraram controvérsia, mas, acima de tudo, uma enorme admiração.
O F.C. Porto sempre foi a sua prioridade.
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