José Maria Pedroto nasceu no dia 21 de Outubro de 1928 em Lamego.
Quando tinha sete anos, o seu pai que era militar, foi colocado num quartel na cidade do Porto e levou toda a família consigo. Quando o pai morreu, Pedroto foi para o Colégio Araújo Lima perto do Campo da Constituição onde começou a dar os primeiros pontapés na bola se calhar tentando imitar o seu ídolo da altura, o jogador do Futebol Clube do Porto, chamado Pinga.
Quando tinha 10 anos a família mudou-se para Pedras Rubras e fundou juntamente com um grupo de amigos o F.C. Pedras Rubras onde era o Presidente e também o capitão da equipa de futebol.
Com 18 anos de idade começou a jogar nos juniores do Leixões S.C. actuava no meio-campo onde começou a demonstrar todo o seu talento. Sobre um jogo da sua carreira nos juniores do Leixões S.C. contou um curioso episódio: “No final de um jogo disputado no Bessa, a certa altura pedi a bola ao guarda-redes, driblei quantos adversários me apareceram pela frente, incluindo o guarda-redes contrário e, sozinho, parei a bola em cima do risco da baliza. Ufano, puxei os calções, alisei o cabelo e, cheio de sobranceria, toquei o esférico com o calcanhar para dentro da baliza. No fim do desafio os colegas levaram-me aos ombros para as cabinas. Mas o treinador Armando Martins pregou-me um sermão que até me fez chorar. Nunca mais esqueci essa lição de que um futebolista deve jogar para a sua equipa e não para a galeria”.
Depois veio a obrigação para prestar serviço militar no Algarve mais propriamente em Tavira onde ingressou na Escola de Sargentos Milicianos. Foi jogar para o Lusitano de Vila Real de Santo António que na altura estava na 1ª divisão. Na época seguinte o Lusitano ficou em ultimo lugar mas Pedroto atraiu as atenções primeiro do C.F. Belenenses que lhe ofereceu 25.000 escudos e mais 25.000 ao Lusitano. Antes de assinar contrato com os azuis de Belém, apareceu o Futebol Clube do Porto que lhe fez uma oferta de 80.000 escudos mas Pedroto já tinha dado a sua palavra aos homens do C.F. Belenenses e não voltou atrás. Era um jogador muito rápido e fazia grandes passes para os seus companheiros, apesar de não ter uma compleição física por aí além, possuía um enorme talento e técnica.
Na época de 1952/53 de novo o F.C. Porto insistiu para o levar para a cidade invicta, Pedroto pediu 150.000 escudos e os portistas aceitaram no que foi a mais cara transferência até então no futebol português.
a sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 28 de Setembro de 1952 no Campo da Amorosa em Guimarães onde os portistas visitaram o Vitória S.C. e venceram por 1-0, num jogo que contou para a 1ª jornada do Campeonato Nacional de 1952/53.
Na época de 1955/56 o F.C. Porto, sob o comando técnico de Dorival Yustrich, terminou com um jejum de 15 anos sem vencer o campeonato sangrando-se Campeão Nacional e também conquistou a Taça de Portugal ao vencer na final o S.C. União Torreense. Pedroto alinhou em 24 jogos e marcou 2 golos.
Na época de 1956/57 os portistas disputaram a Taça dos Clubes Campeões Europeus, na primeira presença do clube azul e branco nas provas europeias, Pedroto foi um dos jogadores títulares da equipa que defrontou os espanhois do Athletic Club Bilbao na 1ª eliminatória que os bascos venceram.
Em 1958/59 repetiu a conquista no campeonato nacional, já com Bela Guttman a treinador tendo José Maria Pedroto alinhado em apenas 5 partidas.
No final da temporada de 1959/60, pôs um ponto final na sua carreira de jogador.
Esteve no Futebol Clube do Porto oito temporadas onde foi Campeão Nacional por duas vezes e venceu uma Taça de Portugal.
Passou imediatamente a treinador tendo assumido o comando técnico das camadas jovens do F.C. Porto e também dos juniores da Selecção Nacional onde conquistou o Torneio Internacional da UEFA. Passa depois para treinador da Académica de Coimbra onde esteve duas épocas, seguindo-se depois o Leixões S.C. e o Varzim S.C. em 1965/66.
Na temporada de 1966/67 realizou o seu sonho ao tornar-se treinador da equipa principal do Futebol Clube do Porto. Esteve três épocas nas Antas onde conquistou uma Taça de Portugal em 1967/68 ao derrotar na final o Vitória de Setúbal por 2-1.
Logo depois da saída algo atribulada do F.C. Porto, Pedroto ingressou no Vitória de Setúbal onde permaneceu no comando técnico da equipa por 5 épocas. Sob o seu comando, os sadinos não conquistaram nenhum título, mas ficaram por uma vez em segundo lugar, três terceiros lugares e um quarto lugar, e atingiu por duas vezes os quartos de final da Taça UEFA.
Na época de 1974/75 mudou-se para o Boavista F.C. onde permaneceu duas épocas. Nessas duas épocas acumulou o cargo de treinador da Selecção Nacional.
Na temporada de 1976/77 Pedroto regressa ao Futebol Clube do Porto e Vence a Taça de Portugal ao derrotar o S.C. Braga na final.
Na época seguinte sagrou-se Campeão Nacional e o F.C. Porto quebrou o longo jejum de 19 anos sem ganhar o campeonato.
Em 1978/79 levou o F.C. Porto ao título de Bi-Campeão.
Na época seguinte ficou em segundo lugar a escassos dois pontos do Sporting C.P. que ganhou o campeonato. No final dessa temporada, Pedroto foi afastado do comando técnico dos portistas pelo então Presidente Amérido Sá.
Em 1980/81 ingressou no Vitória de Guimarães já com o campeonato na 9ª jornada mas ainda assim levou a equipa ao 5º lugar no final da época.
Na temporada seguinte continuou ao serviço dos vimarenenses e terminou o campeonato com um quarto lugar.
Para a época de 1982/83 e já com Jorge Nuno Pinto da Costa na presidência do Futebol Clube do Porto, Pedroto regressa ao clube das Antas.
Na época seguinte conquista a Taça de Portugal ao vencer na final o Rio Ave F.C. por 4-1. No entanto à 10º jornada do Campeonato Nacional, Pedroto foi obrigado a deixar de orientar os portistas por causa de lhe ser diagnosticado um cancro. Em Janeiro de 1984 foi para Londres onde viria a ser internado, e deixa o comando dos Dragões a António Morais. Em Maio e já em casa, assistiu à final da Taça dos Vencedores das Taças entre o F.C. Porto e a Juventus F.C. de Itália, onde os transalpinos foram mais felizes.
No dia 7 de Janeiro de 1985 e com 56 anos de idade, José Maria Pedroto acabou por não conseguir vencer a doença que o levou do mundo dos vivos. Ficou sepultado no cemitério de Agramonte, no mausoléu do Futebol Clube do Porto.
Quando tinha sete anos, o seu pai que era militar, foi colocado num quartel na cidade do Porto e levou toda a família consigo. Quando o pai morreu, Pedroto foi para o Colégio Araújo Lima perto do Campo da Constituição onde começou a dar os primeiros pontapés na bola se calhar tentando imitar o seu ídolo da altura, o jogador do Futebol Clube do Porto, chamado Pinga.
Quando tinha 10 anos a família mudou-se para Pedras Rubras e fundou juntamente com um grupo de amigos o F.C. Pedras Rubras onde era o Presidente e também o capitão da equipa de futebol.
Com 18 anos de idade começou a jogar nos juniores do Leixões S.C. actuava no meio-campo onde começou a demonstrar todo o seu talento. Sobre um jogo da sua carreira nos juniores do Leixões S.C. contou um curioso episódio: “No final de um jogo disputado no Bessa, a certa altura pedi a bola ao guarda-redes, driblei quantos adversários me apareceram pela frente, incluindo o guarda-redes contrário e, sozinho, parei a bola em cima do risco da baliza. Ufano, puxei os calções, alisei o cabelo e, cheio de sobranceria, toquei o esférico com o calcanhar para dentro da baliza. No fim do desafio os colegas levaram-me aos ombros para as cabinas. Mas o treinador Armando Martins pregou-me um sermão que até me fez chorar. Nunca mais esqueci essa lição de que um futebolista deve jogar para a sua equipa e não para a galeria”.
Depois veio a obrigação para prestar serviço militar no Algarve mais propriamente em Tavira onde ingressou na Escola de Sargentos Milicianos. Foi jogar para o Lusitano de Vila Real de Santo António que na altura estava na 1ª divisão. Na época seguinte o Lusitano ficou em ultimo lugar mas Pedroto atraiu as atenções primeiro do C.F. Belenenses que lhe ofereceu 25.000 escudos e mais 25.000 ao Lusitano. Antes de assinar contrato com os azuis de Belém, apareceu o Futebol Clube do Porto que lhe fez uma oferta de 80.000 escudos mas Pedroto já tinha dado a sua palavra aos homens do C.F. Belenenses e não voltou atrás. Era um jogador muito rápido e fazia grandes passes para os seus companheiros, apesar de não ter uma compleição física por aí além, possuía um enorme talento e técnica.
Na época de 1952/53 de novo o F.C. Porto insistiu para o levar para a cidade invicta, Pedroto pediu 150.000 escudos e os portistas aceitaram no que foi a mais cara transferência até então no futebol português.
a sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 28 de Setembro de 1952 no Campo da Amorosa em Guimarães onde os portistas visitaram o Vitória S.C. e venceram por 1-0, num jogo que contou para a 1ª jornada do Campeonato Nacional de 1952/53.
Na época de 1955/56 o F.C. Porto, sob o comando técnico de Dorival Yustrich, terminou com um jejum de 15 anos sem vencer o campeonato sangrando-se Campeão Nacional e também conquistou a Taça de Portugal ao vencer na final o S.C. União Torreense. Pedroto alinhou em 24 jogos e marcou 2 golos.
Na época de 1956/57 os portistas disputaram a Taça dos Clubes Campeões Europeus, na primeira presença do clube azul e branco nas provas europeias, Pedroto foi um dos jogadores títulares da equipa que defrontou os espanhois do Athletic Club Bilbao na 1ª eliminatória que os bascos venceram.
Em 1958/59 repetiu a conquista no campeonato nacional, já com Bela Guttman a treinador tendo José Maria Pedroto alinhado em apenas 5 partidas.
No final da temporada de 1959/60, pôs um ponto final na sua carreira de jogador.
Esteve no Futebol Clube do Porto oito temporadas onde foi Campeão Nacional por duas vezes e venceu uma Taça de Portugal.
Passou imediatamente a treinador tendo assumido o comando técnico das camadas jovens do F.C. Porto e também dos juniores da Selecção Nacional onde conquistou o Torneio Internacional da UEFA. Passa depois para treinador da Académica de Coimbra onde esteve duas épocas, seguindo-se depois o Leixões S.C. e o Varzim S.C. em 1965/66.
Na temporada de 1966/67 realizou o seu sonho ao tornar-se treinador da equipa principal do Futebol Clube do Porto. Esteve três épocas nas Antas onde conquistou uma Taça de Portugal em 1967/68 ao derrotar na final o Vitória de Setúbal por 2-1.
Logo depois da saída algo atribulada do F.C. Porto, Pedroto ingressou no Vitória de Setúbal onde permaneceu no comando técnico da equipa por 5 épocas. Sob o seu comando, os sadinos não conquistaram nenhum título, mas ficaram por uma vez em segundo lugar, três terceiros lugares e um quarto lugar, e atingiu por duas vezes os quartos de final da Taça UEFA.
Na época de 1974/75 mudou-se para o Boavista F.C. onde permaneceu duas épocas. Nessas duas épocas acumulou o cargo de treinador da Selecção Nacional.
Na temporada de 1976/77 Pedroto regressa ao Futebol Clube do Porto e Vence a Taça de Portugal ao derrotar o S.C. Braga na final.
Na época seguinte sagrou-se Campeão Nacional e o F.C. Porto quebrou o longo jejum de 19 anos sem ganhar o campeonato.
Em 1978/79 levou o F.C. Porto ao título de Bi-Campeão.
Na época seguinte ficou em segundo lugar a escassos dois pontos do Sporting C.P. que ganhou o campeonato. No final dessa temporada, Pedroto foi afastado do comando técnico dos portistas pelo então Presidente Amérido Sá.
Em 1980/81 ingressou no Vitória de Guimarães já com o campeonato na 9ª jornada mas ainda assim levou a equipa ao 5º lugar no final da época.
Na temporada seguinte continuou ao serviço dos vimarenenses e terminou o campeonato com um quarto lugar.
Para a época de 1982/83 e já com Jorge Nuno Pinto da Costa na presidência do Futebol Clube do Porto, Pedroto regressa ao clube das Antas.
Na época seguinte conquista a Taça de Portugal ao vencer na final o Rio Ave F.C. por 4-1. No entanto à 10º jornada do Campeonato Nacional, Pedroto foi obrigado a deixar de orientar os portistas por causa de lhe ser diagnosticado um cancro. Em Janeiro de 1984 foi para Londres onde viria a ser internado, e deixa o comando dos Dragões a António Morais. Em Maio e já em casa, assistiu à final da Taça dos Vencedores das Taças entre o F.C. Porto e a Juventus F.C. de Itália, onde os transalpinos foram mais felizes.
No dia 7 de Janeiro de 1985 e com 56 anos de idade, José Maria Pedroto acabou por não conseguir vencer a doença que o levou do mundo dos vivos. Ficou sepultado no cemitério de Agramonte, no mausoléu do Futebol Clube do Porto.
Palmarés como jogador
2 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
1 Taça de Portugal
3 Taças Associação de Futebol do Porto
Palmarés como treinador
2 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
5 Taças de Portugal
1 Taça Associação de Futebol do Porto
5 comentários:
GRANDE PÚBLICO
GRANDE AMBIENTE
GRANDE SEGUNDA-PARTE
GRANDE LISANDRO
GRANDE SUPERIORIDADE
RESULTADO ESCASSO
E NO FIM CHAMEM A POLÍCIA.
Pinto da Costa afirmou na apresentação da taça da europa de bilhar que Licha não sai por preço nenhum.É inegociavel.
E Pedroto um dos cabouqueiros deste Porto fantástico, lá no Céu ri, ri muito e festeja com com emoção o resultado da obra que ele ajudou a erguer.
Um abraço
Realmente o Pedroto, lá onde quer que esteja, deve de estar orgulhoso daquilo que o FC Porto conquistou e continua a conquistar depois de que ele e principalmente Pinto da Costa tomaram conta do clube.
O Mestre dos Mestres !
Parabéns pelo blog...
Se quiseres completar o post do Kostadinov com mais um vídeo vai a http://basculacao.blogspot.com/...
Todas as quartas actualizamos um vídeo para recordar...
Saudações Portistas...
Mestre Pedroto,juntamente com P.C. os grandes obreiros da viragem da historia do F.C.P. .Recordações do F.C.P. em www.memoriaazul.blogspot.com
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