Manuel Soares dos Reis nasceu no dia 11 de Março de 1910 em Penafiel.
Começou a jogar futebol no pequeno clube da sua terra, o Egas Moniz F.C., mais tarde, entre os anos de 1926 e 1927 passou a defender a baliza do Sport Club Penafiel, isto até mudar de ares e passar a vestir a camisola do Leça F.C. ainda no mesmo ano de 1927. Na temporada de 1931/32 e por força de ser obrigado a cumprir o serviço militar obrigatório em Lisboa, aceitou jogar no C.F. Belenenses, clube onde conquistou o Campeonato de Lisboa. Na época de seguinte e já regressado ao Norte de Portugal, Soares dos Reis foi contratado pelo Boavista F.C.
No inicio da temporada de 1933/34 foi contratado pelo Futebol Clube do Porto.
A estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 12 de Novembro de 1933 no Campo do Bessa onde os portistas e o Leça F.C. empataram 1-1, numa partida a contar para a 1ª jornada do Campeonato do Porto da época de 1933/34.
Foi o primeiro guarda-redes internacional do Futebol Clube do Porto.
Dono da baliza dos Dragões durante sete temporadas, desde 1933/34 a 1939/40.
Venceu por seis vezes o Campeonato do Porto e fez parte do plantel portista que venceu o primeiro Campeonato da I Liga em 1934/35 e foi ainda Campeão de Portugal em 1936/37 e Campeão Nacional em 1938/39.
Em 1986, quando já contava com 76 anos, contou: “A maior parte dos jogadores não aparecia aos treinos. Uns porque trabalhavam, outros porque se alimentavam mal e não podiam esbanjar as energias que guardavam para os jogos oficiais”.
“Para mim era terrível jogar fora de casa. O publico estava junto de nós e tratava-nos do piorio. Tínhamos de jogar em duas frentes, defendendo os remates dos avançados e os do público. E os destes eram, muitas vezes, bem mais dolorosos”.
“O lugar de guarda-redes foi sempre ingrato. Depois dele, só há a baliza, o golo. Uma coisa posso dizer: não havia «frangos» nem «chapéus». O guarda-redes saia mais da baliza do que sai hoje. Eu era decidido: ou ia ou não ia”.
Foi ainda o primeiro guarda-redes português a defender um penalti em jogos oficiais de provas nacionais, quando no dia 20 de Janeiro de 1935 parou o remate do seu antigo companheiro Bernardo que alinhava no C.F. Belenenses e assim foi preponderante para o jogo que terminou com um empate 1-1 entre os portistas e os azuis de Belém.
Soares dos Reis nas sete épocas em que esteve ao serviço do F.C. Porto conquistou 10 Títulos e disputou 128 jogos oficiais.
Depois de deixar o futebol ainda continuou ligado ao F.C. Porto nos Corpos Directivos.
Faleceu no dia 15 de Abril de 1990 e encontra-se sepultado no Mausoléu do F.C. Porto no cemitério de Agramonte
Começou a jogar futebol no pequeno clube da sua terra, o Egas Moniz F.C., mais tarde, entre os anos de 1926 e 1927 passou a defender a baliza do Sport Club Penafiel, isto até mudar de ares e passar a vestir a camisola do Leça F.C. ainda no mesmo ano de 1927. Na temporada de 1931/32 e por força de ser obrigado a cumprir o serviço militar obrigatório em Lisboa, aceitou jogar no C.F. Belenenses, clube onde conquistou o Campeonato de Lisboa. Na época de seguinte e já regressado ao Norte de Portugal, Soares dos Reis foi contratado pelo Boavista F.C.
No inicio da temporada de 1933/34 foi contratado pelo Futebol Clube do Porto.
A estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 12 de Novembro de 1933 no Campo do Bessa onde os portistas e o Leça F.C. empataram 1-1, numa partida a contar para a 1ª jornada do Campeonato do Porto da época de 1933/34.
Foi o primeiro guarda-redes internacional do Futebol Clube do Porto.
Dono da baliza dos Dragões durante sete temporadas, desde 1933/34 a 1939/40.
Venceu por seis vezes o Campeonato do Porto e fez parte do plantel portista que venceu o primeiro Campeonato da I Liga em 1934/35 e foi ainda Campeão de Portugal em 1936/37 e Campeão Nacional em 1938/39.
Em 1986, quando já contava com 76 anos, contou: “A maior parte dos jogadores não aparecia aos treinos. Uns porque trabalhavam, outros porque se alimentavam mal e não podiam esbanjar as energias que guardavam para os jogos oficiais”.
“Para mim era terrível jogar fora de casa. O publico estava junto de nós e tratava-nos do piorio. Tínhamos de jogar em duas frentes, defendendo os remates dos avançados e os do público. E os destes eram, muitas vezes, bem mais dolorosos”.
“O lugar de guarda-redes foi sempre ingrato. Depois dele, só há a baliza, o golo. Uma coisa posso dizer: não havia «frangos» nem «chapéus». O guarda-redes saia mais da baliza do que sai hoje. Eu era decidido: ou ia ou não ia”.
Foi ainda o primeiro guarda-redes português a defender um penalti em jogos oficiais de provas nacionais, quando no dia 20 de Janeiro de 1935 parou o remate do seu antigo companheiro Bernardo que alinhava no C.F. Belenenses e assim foi preponderante para o jogo que terminou com um empate 1-1 entre os portistas e os azuis de Belém.
Soares dos Reis nas sete épocas em que esteve ao serviço do F.C. Porto conquistou 10 Títulos e disputou 128 jogos oficiais.
Depois de deixar o futebol ainda continuou ligado ao F.C. Porto nos Corpos Directivos.
Faleceu no dia 15 de Abril de 1990 e encontra-se sepultado no Mausoléu do F.C. Porto no cemitério de Agramonte
Palmarés
3 Campeonatos Nacional da 1ª Divisão (Portugal)
1 Campeonato de Portugal
6 Campeonatos do Porto
1 Campeonato de Lisboa
7 comentários:
Grandes valores teve sempre o F. C. do Porto e,pelo que se pode ler pela História do F C Porto, este foi um guarda-redes valoroso, internacional e... campeão pelo Porto. Dele se conta (em livros) que se treinava a caçar coelhos à mão, ou seja a atirar-se para os agarrar e experimentando assim a sua agilidade... curioso, não é?!
Como o Helton precisava de se aplicar assim...!
Não conheci e por isso o que posso dizer é o que leio, aqui e nos outros blogs sobre a história do F.C.Porto.
Essa dos coelhos é curiosa, muitos anos depois Meirim utilizava galinhas...Se calhar inspirou-se nos coelhos do Soares dso Reis.
Um abraço
PJ identificou suspeitos de ameaçar árbitros
Crimes terão ocorrido ao longo dos últimos oito meses. Polícia fez buscas em Portugal continental e nos Açores
A Polícia Judiciária constituiu arguidos nove jovens adeptos de «um clube de Lisboa», da principal Liga, suspeitos de injúrias, coacção e ameaças sob quatro árbitros de futebol profissional, durante os últimos oito meses.
Fonte da PJ disse à agência Lusa que os arguidos, «antes dos jogos do clube em causa, coagiam e faziam ameaças à integridade física e de morte aos árbitros nomeados e aos seus familiares».
A mesma fonte adiantou que, por agora, «não há indícios que levem a polícia a considerar que se tratam de elementos de claques organizadas, com instruções do próprio clube».
«Não temos elementos que provem o envolvimento do clube. Porém, as investigações continuam para apurar as relações entre os nove arguidos e a eventual ligação com o clube de Lisboa», disse a fonte policial.
Os factos, adiantou a mesma fonte, ocorreram por ocasião de vários jogos desse clube a contar para o último campeonato de futebol e foram os próprios árbitros que os denunciaram à PJ.
As ameaças eram feitas por telemóvel, nomeadamente por SMS, tendo esta quinta-feira a PJ realizado nove buscas domiciliárias, em Paredes, Rio Tinto, Tondela, Lisboa e Ponta Delegada.
Nas buscas foram apreendidos 11 telemóveis, três computadores, vários suportes físicos com registo de dados informáticos e documentos.
Os arguidos foram sujeitos a Termo de Identidade e Residência, a mais ligeira medida de coacção
_in tvi 24___________
Mas isto é gravissimo.
Porque a cs não dá relevo?!
Qual foi o clube??
E fizeram-no a soldo de alguém e de forma organizada ???!!!!
Fui vizinho dele no Carvalhido onde morávamos, embora bastante mais novo, nasci em 1942, guardo dele uma grande recordação.
Ensinou-me a cantar o hino do F.C.P., e quando passava por mim na rua a caminho de casa, dava-me "dois tostões" para eu cantar...
Foi por este meio que me fiz Portista
Alguém me pose confirmar se é o mesmo guarda-redes que esteve no Belenenses na época de 1931/32? Eu penso que é mas não tenho a certeza...
Parabéns pelo blog, está muito bom!
Luís Silva
Posso confirmar que foi guarda redes do Belenenses nas epócas 1930/31 e 1931/32 e da seleção de Lisboa.
Como seu sobrinho neto, mais neto que sobrinho pois foi ele que criou a minha mãe, posso garantir que dos 27 anos que com ele convivi em bases diárias, o maior desgosto que lhe dei foi não ter seguido as suas pisadas na baliza do FCP. Ele bem tentou. Desde que eu tinha 3 anos que me levava às Antas para ver os jogos lá em baixo no campo, atrás da baliza, para eu prestar atenção ao trabalho dos guarda redes. Levou-me para as camadas jovens e fui testado em todas as posições. Mas infelizmente não nasci para o futebol apesar do meu 1,97m ser uma vantagem na baliza. Pelo menos viu-me a jogar andebol pelo FCP ao mais alto nivel durante algum tempo. Na altura o futebol era um desporto na verdadeira acepção da palavra. Fica a memória de um grande senhor que, como todos nós tinha os seus defeitos, mas uma grande integridade.
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