27 de dezembro de 2009

José Monteiro da Costa

José Monteiro da Costa nasceu em 1882 na cidade do Porto.
Em 1906 regressou de Inglaterra fascinado pelo mesmo desporto que encantara António Nicolau de Almeida há mais de uma década e resolveu criar uma equipa de futebol. Foi então que o seu amigo e anterior presidente lhe falou do projecto que iniciara em 1893, e José Monteiro da Costa não hesitou.
Membro de uma associação denominada Grupo do Destino, sugeriu aos seus colegas que embarcassem com ele na aventura, ao que a maioria acedeu. Terminava o Grupo do Destino e renascia o Futebol Clube do Porto, em Agosto de 1906, assumindo desde logo uma faceta de clube ecléctico, no qual se praticavam também atletismo, boxe, cricket, halterofilismo, pólo aquático e natação.
As cores escolhidas para o clube foram o azul e branco, as mesmas cores da então bandeira nacional e não as cores da bandeira da cidade porque e segundo José Monteiro da Costa: "O Futebol Clube do Porto não se limitaria a defender apenas o nome da cidade e haveria de levar o nome de Portugal em lutas desportivas contra outros clubes estrangeiros".
Foi durante a sua presidencial que o F.C. Porto obteve a primeira vitória contra um clube estrangeiro quando no dia 3 de Abril de 1910 derrotou os espanhóis do Real Fortuna de Vigo por 2-1, o que foi ao mesmo tempo a primeira vitória de uma equipa portuguesa contra outra equipa internacional.
José Monteiro da Costa faleceu no dia 30 de Janeiro de 1911.

20 de dezembro de 2009

Jorge Andrade

Jorge Manuel Almeida Gomes de Andrade nasceu no dia 9 de Abril de 1978 em Lisboa.
Com apenas 9 anos entrou para as escolas do C.F. Estrela da Amadora, percorreu todos os escalões de formação do clube tricolor e na temporada de 1997/98 deu o salto para o plantel sénior. Durante as três épocas em que vestiu a camisola da equipa principal dos estrelistas foi ganhando notoriedade e começou a despertar a cobiça dos grandes clubes nacionais.
No início da época de 2000/01 foi contratado pelo Futebol Clube do Porto.
A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 30 de Outubro de 2000 no Estádio das Antas onde os portistas receberam e venceram o F.C. Alverca por 6-0, num jogo a contar para a 9ª jornada do Campeonato Nacional de 2000/01.
Logo na primeira temporada de Dragão ao peito, Jorge Andrade conquistou a Taça de Portugal com uma vitória sobre o C.S. Marítimo na final do Jamor por 2-0.
A época seguinte começou com a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira e Jorge Andrade esteve directamente ligado à vitória já que foi ele o autor do único golo da partida com que o F.C. Porto derrotou o Boavista F.C..
Ao serviço do F.C. Porto, Jorge Andrade esteve durante 2 temporadas, tendo disputado 84 jogos oficiais, marcou 4 golos e conquistou 2 Títulos.
No verão de 2002 foi transferido para o R.C. Deportiva Coruña, No clube galego esteve durante cinco temporadas onde venceu uma Supertaça de Espanha em 2001/02. Em 2006 sofreu uma grave lesão no joelho esquerdo que o afastou dos relvados durante grande parte da época. Na temporada de 2007/08 rumou a Itália para representar a Juventus F.C. mas em Setembro de 2007 sofreu nova lesão grave no mesmo joelho esquerdo que o obrigou a uma paragem prolongada. Em Abril de 2009 o clube italiano anunciou, por mutuo acordo, a rescisão do contrato com o jogador. Em Julho de 2009 esteve a treinar à experiência no Málaga C.F. mas acabou por não convencer os responsáveis do clube espanhol que agradeceram o profissionalismo, esforço e a dedicação do jogador português e Jorge Andrade decidiu terminar a sua carreira de futebolista.
Jorge Andrade representou a Selecção Nacional por 51 vezes e marcou 3 golos. Esteve presente no Campeonato do Mundo de 2002 e no Campeonato da Europa de 2004.
Em 2014 abraçou a carreira de treinador, começou nos sub-15 do C.F. Belenenses, passou depois como adjunto pelo Atlético C.P. e em 2015/16 foi o treinador principal do Clube Oriental de Lisboa, na temporada de 2017/18 passou a treinador dos juniores do C.A.C. Pontinha.
No dia 25 de Julho de 2014 voltou a pisar o relvado do Estádio do Dragão e a vestir a camisola do Futebol Clube do Porto para o jogo de homenagem e despedida de Deco.

Palmarés
1 Taça de Portugal
1 Supertaça Cândido de Oliveira
1 Supertaça de Espanha

13 de dezembro de 2009

Simplício

Augusto Baptista Ferreira, mais conhecido por Simplício, foi um jogador do Futebol Clube do Porto que jogou na década de vinte.
Ingressou nos Dragões em 1923/24 e vestiu a camisola azul e branca até à época de 1929/30. Nessas sete temporadas, Simplício venceu o Campeonato do Porto em todas elas. Disputou 26 partidas oficiais e marcou 23 golos.
A sua estreia com a camisola do F.C. Porto aconteceu no dia 18 de Maio de 1924 no Campo da Constituição, quando os portistas receberam e venceram a Académica de Coimbra por 3-2, numa partida a contar para a 1ª eliminatória do Campeonato de Portugal da época de 1923/24. Uma estreia coroada com o golo da vitória que Simplício apontou aos noventa minutos.
Simplício ficou também conhecido e mesmo na história do F.C. Porto por ter desenhado o emblema como o conhecemos nos dias de hoje.
O emblema original do F.C. Porto era uma bola de futebol antiga de cor azul, com as inicias F.C.P. em banco.
Na Assembleia Geral realizada no dia 26 de Outubro de 1922, foi decidido alterar o emblema e a bandeira. O símbolo do clube passou a ter as armas que D. Maria II atribuiu ao Porto por Carta Régia em Janeiro de 1837. Estas são compostas por um escudo esquartejado que possui as armas reais (sete castelos e cinco quinas, tendo cada uma cinco besantes no interior) no primeiro e quarto quartéis e as antigas armas da cidade do Porto (a Virgem segurando o Menino, ladeados por duas torres) no segundo e terceiro quartéis, tendo no centro, sobre o ponto onde se unem os quatro quartéis, um coração, que representa o precioso legado que D. Pedro IV (pai de D. Maria II) deixou à cidade - segundo a sua vontade, o seu coração encontra-se guardado numa urna de prata na Igreja da Lapa. A orlar o escudo encontra-se o Colar e Grã-Cruz da Antiga e Muito Nobre Ordem da Torre e Espada de Valor Lealdade e Mérito, do qual pende a respectiva medalha (na qual estão escritas essas mesmas palavras: valor, lealdade e mérito). Sobre o escudo está a Coroa Ducal e o Dragão negro do poder, pertencente às antigas armas dos Senhores Reis destes Reinos, em cujo pescoço está uma fita com a palavra Invicta, título que D. Maria II atribuiu ao Porto, acrescentando-o aos que a cidade já possuía - Antiga, Mui Nobre e Sempre Leal.

Palmarés
7 Campeonatos do Porto

6 de dezembro de 2009

Fernando Santos

Fernando Manuel da Costa Santos nasceu no dia 10 de Outubro de 1954 em Lisboa.
Como futebolista passou pelos juniores do S.L. Benfica, para em 1971/72 ingressar no plantel da equipa principal do G.D. Estoril Praia, clube onde jogou durante toda a sua carreira de futebolista, tendo apenas uma passagem pelo S.C. Marítimo na época de 1979/80.
No final da temporada de 1986/87 colocou um ponto final na carreira de futebolista e deu inicio à de treinador em 1987/88 ao assumir o comando técnico do G.D. Estoril Praia. Fernando Santos manteve-se nos canarinhos durante sete temporadas, até se mudar para o C.F. Estrela da Amadora em 1994/95. Conseguiu a melhor classificação de sempre dos estrelistas ao terminar o campeonato no 7º lugar em 1997/98.
Em 1998/99 transferiu-se para o Futebol Clube do Porto. Começou logo por vencer a Supertaça Cândido de Oliveira com uma vitória sobre o S.C. Braga. No campeonato deu continuidade ao trabalho efectuado até então por Bobby Robson e depois por António Oliveira, e levou os portistas à conquista de mais um Campeonato Nacional, tornando-se Penta-Campeões, o que valeu a Fernando Santos a alcunha de “Engenheiro do Penta”.
A temporada seguinte começou com mais uma Supertaça Cândido de Oliveira conquistada, desta vez com uma dupla vitória sobre o S.C. Beira Mar. E terminou com o triunfo na Taça de Portugal sobre o Sporting C.P. na finalíssima por 2-0, depois do empate 1-1 no primeiro jogo.
Em 2000/01, Fernando Santos voltou a levar o F.C. Porto à vitória na Taça de Portugal depois de derrotar o S.C. Marítimo por 2-0, na última vez que orientou os Dragões.
Na temporada seguinte rumou à Grécia para comandar o A.E.K. de Atenas, tendo vencido a Taça da Grécia. Na temporada seguinte transferiu-se para o Panathinaikos A.O.. Em 2003/04 regressou a Portugal para orientar o Sporting C.P. mas sem grande sucesso. No final da temporada voltou à Grécia e ao A.E.K. onde se manteve durante duas temporadas. Na época de 2006/07 voltou a Portugal mas desta vez para comandar o S.L. Benfica onde voltou a não ser feliz, tendo sido dispensado após a segunda jornada do Campeonato Nacional. Voltou à Grécia ainda na temporada de 2007/08 para ser treinador do P.A.O.K. de Salónica. Em 2010 foi considerado o treinador da década na Grécia, e depois do Mundial da África do Sul passou a treinador da Selecção grega lugar que ocupou até ao final do Campeonato do Mundo de 2014. Em Setembro de 2014 assumiu o comando técnico da Selecção Nacional de Portugal. Levou a Selecção das Quinas à vitória do Campeonato da Europa de 2016 disputado em França e conquistou a Liga das Nações em 2019.
No dia 25 de Julho de 2014 voltou ao Estádio do Dragão e para comandar a equipa do Futebol Clube do Porto no jogo de homenagem e despedida de Deco.

Palmarés
1 Campeonato da Europa - Selecções (Portugal)
1 Liga das Nações - Selecçõe (Portugal)
1 Campeonato Nacional da 1ª Divisão (Portugal)
2 Taças de Portugal
1 Taça da Grécia
2 Supertaças Cândido de Oliveira